O encontro entre Executivo e as centrais sindicais, que visou encontrar consensos para o reajuste salarial de 25% na função pública prometido inicialmente para janeiro e adiado para Março, “foi um fracasso”, sem qualquer entendimento entre o Governo e os sindicatos. A decisão sobre um possivel regresso à greve será tomada na primeira sexta-feira.
O Executivo mantém a posição, dizendo que o reajuste salarial de 25% na função pública só irá concretizar-se em finais do mês de Março, com retroactivos dos meses de Janeiro e Fevereiro, mas as centrais sindicais exigem que este reajuste seja feito já no salário deste mês.
Entretanto, o Executivo, através do Ministério do Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), diz que não tem condições de fazer este aumento antes de Março.
Segundo as centrais, “o Executivo não conseguiu convencer os sindicatos sobre a razão que leva ao adiamento do aumento salarial para Março e o encontro foi um fracasso”.
O Novo Jornal apurou que o encontro entre as partes, que aconteceu esta terça-feira, na sede do MAPTSS, durou cinco horas, mas as partes não chegaram a entendimento.
Porém, o Executivo mantém a sua posição de indisponibilidade para atender a essa exigência, fundamentado ser essa uma matéria legislativa que deve ser tratada pela Assembleia Nacional, quando solicitada pelo Executivo.
Na passada sexta-feira, o Governo sustentou que o reajuste só irá ocorrer ao longo do primeiro trimestre deste ano, por falta de aprovação do pacote legislativo salarial pela Assembleia Nacional.
Entretanto, a UNITA, o maior partido na oposição, diz que não há na Assembleia Nacional absolutamente nada pendente que condicione a execução do OGE/2025.
O Novo Jornal apurou que os sindicatos temem que, caso aceitem, ao chegar a Março, o Governo arranje outras desculpas para não implementar esse reajuste salarial, daí reunirem na próxima sexta-feira, 10, para decidirem como irão marcar a sua posição.
O regresso à greve geral na função pública nos próximos dias será o ponto-chave deste encontro.
Importa lembrar que no ano passado a função pública realizou duas fases de greve para exigir do Executivo aumentos salariais.
Fonte: NJ