FAF precisa formar atletas de qualidade
Luanda – A Federação Angolana de Futebol (FAF) deve implementar projectos de formação de médio e longo prazo, para de entre 10 a 15 anos o país tenha atletas e selecções de qualidade em todos os escalões.
A posição é defendida pelo Presidente da Associação Provincial de Futebol de Luanda, Rafael Maria, acrescentando que o órgão reitor deve criar condições para a formação nas diversas vertentes, de modo que a modalidade tenha uma identidade.
“Precisamos, de facto, mudar o paradigma do futebol em Angola começando pela base”, reiterou o responsável em declarações, esta quinta-feira, à ANGOP, em Luanda, em reacção a eliminação dos Palancas Negras do CHAN´2023, que termina em 4 de Fevereiro, na Argélia.
Para o dirigente desportivo, a prestação da Selecção Nacional na prova reservada a atletas que jogam nos seus países foi negativa, não só pelos resultados, mas fundamentalmente por ausência de uma cultura ou identidade desportiva no grupo.
Rafael Maria acha que o facto de não se ter chegado, ao menos, aos quartos-de-final, numa prova de menor grau de dificuldade, demonstra que o futebol no país precisa de ser alavancado.
Citou a qualidade dos jogadores nacionais que evoluem no exterior, fruto do maior e melhor programa de treino, para justificar as suas afirmações de que internamente há necessidade de formação e de melhor organização.
O responsável defende a rescisão do contrato com o técnico Pedro Gonçalves, porque na sua óptica, no cômputo geral, a selecção não tem produzido bons resultados sob seu comando, apesar de a responsabilidade não ser inteiramente dele.
No CHAN´2023, Angola esteve enquadrada no grupo D. Empatou com o Mali, por 3-3, quanto vencia, por 3-1, em menos de 15 minutos para o fim do desafio, e empatou a zero bolas com a Mauritânia, esta última qualificou-se para os quartos-de-final.
Angola participou neste evento sob tutela da CAF pela quarta vez. Foi vice-campeã na edição de 2011, disputada no Sudão, onde baqueou na final diante da Tunísia, por 0-3.
Em 2016, no Rwanda, atingiu os quartos-de-final, enquanto em 2018, em Marrocos, foi eliminada na fase de grupos.
Fonte: Angop