A Etu Energias, empresa integrada de energia 100% angolana e com capital exclusivamente privado, registou um resultado líquido de 141 milhões de dólares em 2023, o que representa um aumento acima dos 80% em relação ao ano de 2022.
Os dados foram avançados esta Sexta-feira, 12, na cidade do Soyo, província do Zaire, pelo presidente do conselho de administração da Etu Energias, Edson dos Santos, no final de uma conferência de imprensa, realizada no final de uma visita à base do Pângala.
“Isso mostra o benefício, o sucesso e a estratégia da aquisição de bons activos, muito deste aumento vem do bloco 14, onde a Etu Energias adquiriu 20% à TotalEnergies há dois anos”, justificou.
Questionado pela imprensa sobre as perspectivas de 2024, Edson dos Santos disse este ano a meta é produzir próximo 24 mil barris de petróleo por dia, o que deverá permitir um resultado líquido de 300 milhões de dólares.
De acordo com o relatório da empresa petrolífera, apesar da estratégia de expansão e diversificação do portfólio, o ano de 2023 foi bastante desafiante, devido à quebra do preço do petróleo, escalabilidade de conflitos e instabilidade económica, inflação e desvalorização, bem como as disrupções na produção.
Recorde-se que, em Junho deste ano, a ETU Energias fechou acordo com a Galp para aquisição indirecta da participação de 5% no bloco 32, 9% no bloco 14, e 4,5% no bloco 14K no offshore de Angola.
O bloco 32, localizado a cerca de 260 quilómetros da costa de Luanda, em profundidades de água que variam entre 1 400 e 2 000 metros, iniciou produção em 2018 e continua a ser um dos maiores blocos produtores em Angola.
Trata-se de um bloco operado pela TEPA – TotalEnergies Exploration Production Angola (30%), que lidera o grupo empreiteiro composto pela Sonangol Pesquisa e Produção, S.A. (30%), SINOPEC (20%), ExxonMobil (15%) e a então Galp Energia Overseas Block 32 B.V. (5%).
Fonte: Forbes