O politólogo Almeida Pinto disse esta sexta-feira que o Estado precisa apostar mais na educação e emprego para erradicar a fome e a pobreza.
Segundo o Relatório Global sobre Crise Alimentar de 2023, do Programa Alimentar Mundial (PAM), 258 milhões de pessoas em 58 países do mundo, incluindo Angola, sofreram com insegurança alimentar aguda no ano passado, um aumento de 25 por cento em relação ao ano transacto.
Por isso, Almeida Pinto pensa que o governo deve fazer mais com vista a erradicação da fome e da pobreza, embora as alterações climáticas continuam a influenciar negativamente, sobretudo no sul de Angola.
De ressaltar, que o governo tem estado a implementar o Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza. Observadores entendem que tem surtido efeito, sobretudo com a materialização do Kwenda – estendido por mais cinco anos.
Entretanto, Almeida Pinto considera que “teoricamente o Estado tem bons programas de combate à fome e à pobreza”, mas falta practicidade para se alcançar bons resultados. Para o analista, os programas ainda estão “a quem do desejado”.
Aposta na educação
A educação continua a ser defendida por especialistas na matéria como a arma mais eficaz da luta contra a pobreza. É o caso da docente universitária, Ana Duarte, que falava esta quinta-feira, à margem da conferência sobre a “Promoção da globalização económica universalmente benéfica e inclusiva” – uma iniciativa da Universidade Católica de Angola.
Ana Duarte disse que, uma das formas de se tirar o maior número de pessoas da pobreza passa por políticas públicas direccionadas para esse sector.
Já o investigador do Centro de Estudos e Investigação Científica e professor da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica de Angola (UCAN), Wilson Neves, disse ontem que, Angola deve aproveitar ao máximo a actual parceria científica com a China para dar continuidade na troca de conhecimentos.
O economista defendeu ainda a capacitação da juventude que constitui a maior franja da sociedade angolana para que se consiga tirar vantagem deste dividendo demográfico.
Terminou ontem, a conferência sobre a “Promoção da globalização económica universalmente benéfica e inclusiva” o certame contou com a participação de parceiros académicos angolanos e chineses.
Fonte: CK