
Os custos do ensino superior privado em Angola continuam a subir, com estudantes a gastar, em média, mais de 1,3 milhões Kz por ano em propinas, alimentação, transporte e outros encargos.
O curso de Medicina na UPRA lidera como o mais caro, ultrapassando os 2 milhões Kz anuais.
Segundo uma ronda feita pelo Expansão em 10 universidades privadas, a propina representa a maior fatia dos custos, variando entre 31 mil e 211 mil Kz por mês, com Medicina e Engenharia entre os cursos mais dispendiosos.
Já Ciências Sociais e Economia e Gestão apresentam os valores mais baixos.
A UPRA é a instituição mais cara, enquanto o ISTA figura como a mais acessível, com uma anuidade de 331 mil Kz.
Além das propinas, transporte e alimentação pesam significativamente no orçamento dos estudantes, podendo atingir cerca de 340 mil Kz anuais.
Com a inflação e a desvalorização da moeda, os custos continuam a aumentar, dificultando o acesso ao ensino superior. O decreto executivo n.º 187/23 permite ajustes anuais com base na inflação, o que pode levar mais jovens a desistirem da formação académica.
Segundo a antiga ministra do MESCTI, Paula Oliveira, apenas 40% das vagas disponíveis são cobertas por instituições públicas, deixando a maioria dos estudantes dependentes do ensino privado e dos seus elevados custos.
Fonte: Expansão