Estudantes relatam entraves nas defesas de monografias. ISPAJ admite problema, mas diz tratar-se apenas de meros «casos isolados».
Pelo menos 200 estudantes finalistas do Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ), em Luanda, acusam a instituição de lhes “virar as costas”, por falta de tutor e agendamento das defesas dos trabalhos de fim de curso (TFC).
Nesta situação desde 2019, estão, pelo menos, duas centenas de finalistas dos cursos de Cardiopneumologia, Enfermagem, Análises Clínicas, Fisioterapia, Radiologia e Odontologia, que, segundo os queixosos, terão gastado 610 mil kwanzas para a elaboração e defesa das monografias, sendo 350 mil Kz (pagos ao ISPAJ) para cobrir as despesas da banca e com o tutor e 200 mil a um co-tutor externo (escolhido pelo estudante). A essas verbas, acrescem-se 60 mil Kz, supostamente entregues a elementos da secretária do ISPAJ como “gasosa” para a celeridade no processo da pré-defesa.
Junto dos finalistas, que, do grupo que aguarda por tutor e data para a defesa, apenas 15 elementos conseguiram sair daquela situação de 2019 para cá.
Conforme os estudantes, há mais de três anos que a direcção do ISPAJ tem feito “ouvido de mercador”, para além de alegar falta de docentes para a orientação dos alunos.
Sob anonimato, há um estudante que conta, por exemplo, que conseguiu dar entrada da monografia no início de 2021 e fez a pré-defesa em Junho de 2022, em face de o seu encarregado de educação ter “reclamado efusivamente” junto da direcção da instituição. Contudo, lamenta, de lá para cá, “não se fala da data da defesa.
Fonte: NJ