À Sociedade Organizada de Bebidas de Angola (SOBA), tida como um excelente parceiro, chegou um pedido de milhões para ordenados dos mais de 900 funcionários. Empresa de Águas quer afastar para bem longe o espectro de reivindicação em final de ano, quando a população mais precisa dos seus serviços. Trata-se de um indicador de crise, como noticiado pelo NJ, mas o governador Luís Nunes mantém em alta a esperança em dias melhores.
A Empresa Provincial de Águas e Saneamento de Benguela (EPASB) solicitou à SOBA, há menos de um mês, um empréstimo milionário para pagar salários aos seus funcionários, na sequência de pressões da Comissão Sindical, que não quer chegar a 2023 com atrasados, num recurso, similar a tantos outros, associado ao que se considera ser exemplo de falta de sustentabilidade no sector das Águas no País, soube a imprensa.
Fonte da cervejeira não avança o valor, nem uma eventual taxa de juros a aplicar, mas aponta para ordenados de dois meses, o Dezembro e o décimo terceiro, que podem chegar, conforme alguns levantamentos, a cerca de 230 milhões de kwanzas.
A EPASB, resultado da fusão das empresas de Benguela e Lobito, em Diário da República, conta, neste caso, com pouco mais de 900 trabalhadores, que representam uma massa salarial de 150 milhões Kz mensais, tal como revelou fonte ligada ao Conselho de Administração.
É certo que o montante solicitado à SOBA/Catumbela não é muito superior à média de arrecadação com as cobranças, mas não se deve perder de vista, e aí está a mencionada falta de sustentabilidade, que a EPASB tem custos operacionais e avultadas dívidas para com fornecedores.
Ainda que se tenha em conta a entrada em cena da Omatapalo, fornecedor de parte dos produtos químicos usados no tratamento da água, tal como noticiou o NJ, as dificuldades de sobrevivência continuam à vista, segundo a mesma fonte.
Fonte: NJ