
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás denunciou, quinta-feira, na cidade do Dundo, o aumento considerável do número de focos críticos de garimpeiros na Lunda-Norte, envolvendo estrangeiros.
Diamantino Azevedo fez a denúncia durante a intervenção na cerimónia de inauguração do Campus Universitário da Universidade Lueji A’Nkonde, destacando que o número constitui o maior até agora registado naquela região, com forte presença de mulheres e crianças.
“A situação é agravada pela existência de várias casas ilegais de compra de diamantes, localizadas em zonas mineiras e fronteiriças, que operam à margem da lei, efectuando pagamentos em divisas e alimentando redes organizadas de comercialização”, denunciou Diamantino Azevedo.
O ministro alertou que estes actos colocam em risco a soberania nacional, a imagem internacional de Angola e do sector diamantífero nacional, sobretudo a própria sustentabilidade da indústria no país.
“A exploração e a comercialização ilegal de diamantes promove a imigração clandestina, branqueamento de capitais, a degradação ambiental, propagação de doenças, o trabalho infantil e outras consequências sociais profundamente negativas”, acentuou.
Diamantino Azevedo fez saber que a província da Lunda-Norte exerce um papel relevante no domínio da produção diamantífera nacional, contando, actualmente, com 21 projectos mineiros em produção, que garantem emprego directo a mais de oito mil trabalhadores. Nos últimos dois anos, continuou, a produção média anual da província fixou-se em cerca de 1,4 milhões de quilates de diamantes brutos, o que disse representar, aproximadamente, 12 por cento da produção total do país neste período.
Em relação ao papel social da Endiama, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás assegurou que a riqueza mineira da província da Lunda-Norte vai continuar a desempenhar um papel crucial no desenvolvimento económico e social do país.
FOnte: JA