Quando o país comemora os 21 anos de Paz, assinada a 04 de Abril de 2022, o balanço feito pelos dois maiores partidos angolanos da actualidade e antigos inimigos nas trincheiras ao longo de décadas de guerra, não podia ser mais díspar.
O MPLA afirmou esta terça-feira a ideia de que a consolidação e aprofundamento da paz e dos seus efeitos benéficos na sociedade permanecem no âmago dos seus objectivos políticos – o partido governa o país desde 1975 -, sublinhando os sucessos alcançados nestes 21 anos, enquanto reafirmava o apelo a que cada um dos cidadãos tenha como desígnio fortalecer a paz.
Na comunicação pela data histórica, o maior partido angolano destaca a importância de consolidação da paz, da democracia, e da preservação da unidade e coesão nacional no seu ADN político e social, destacando esse património genético como fundamental para , “funcionar como âncora” para fundear “o sonh de todos aqueles que lutaram para conseguir a paz em Angola.
Nada do que vê nestes 21 anos a UNITA. O maior partido da oposição, pelo contrário, vê crescer a pobreza e a miséria em Angola à medida que passam os anos de governo contínuo do MPLA.
Os angolanos vivem uma permanente crise social e económica onde a UNITA destaca a continuação de indicadores muito longe das expectativas criadas na população, como a fome, o desemprego, da corrupção e más práticas no que diz respeito aos Direitos Humanos.
Foi há 21 anos, neste dia, 04 de Abril de 2002, que, no Luena, Moxico, foi assinado o acordo de paz entre o Governo e a UNITA, depois de dias antes, a 22 de Fevereiro, ter sido morto em combate, na mesma região, o líder histórico da UNITA, Jonas Savimbi.
Fonte: JA