Após diversos relatos e imagens a divulgarem o acidente em que esteve envolvido o deputado Sampaio Mucanda (UNITA) e um motociclo, também conhecido como “caleluya”, o Comando Provincial da Polícia na Huíla emitiu, hoje, segunda-feira, 16, uma nota a divulgar a sua versão dos factos e a informar que o parlamentar terá recusado a fazer o teste de alcoolémia, obrigatório em casos de acidentes de viação.
“O senhor deputado Sampaio Mucanda recusou-se, alegando apenas a fazê-lo na presença do seu advogado, que, entretanto, nunca chegou a aparecer”, diz o comunicado assinado pelo comandante Divaldo Martins.
Na versão apresentada por Sampaio Mucanda, terá sido encontrada uma garrafa de cerveja no local do acidente, e, por conta disso, sentiu-se “inseguro” pensando que lhe “seria atribuído um resultado que não condiz com a realidade”.
O comunicado da Polícia diz que “uma vez que não se ultrapassava o impasse e tendo em conta que, nos termos da Constituição da República, ninguém pode ser obrigado a prestar provas contra si próprio, o Senhor Deputado foi escoltado pela Polícia até uma residência que indicou, onde foi deixado em segurança”.
Em causa está o acidente ocorrido no sábado, 14, por volta das 15h, quando a viatura modelo Hilux, conduzida pelo deputado Sampaio Mucanda, embateu na parte traseira de um “caleluya”, tendo o embate causado a projecção dos ocupantes ao solo, causando ferimentos. Entretanto, todos foram encaminhados ao hospital já tendo sido liberados.
O acidente, segundo o parlamentar, terá ocorrido porque o motoqueiro que conduzia o motociclo encontrava-se estacionado à beira da estrada, no troço entre Cacula e Lubango, na mesma faixa de rodagem, quando “de repente se põe na estrada e porque adiante teve um buraco travou a caleluya”. O deputado alega ainda que tentou “imobilizar o carro, sem sucesso”, tendo acabado por chocar na traseira do motociclo”.
O comunicado refere que o Comandante Provincial da Polícia na Huila, Comissário Divaldo Martins, contactou o parlamentar, às primeiras horas do dia 15, a fim de esclarecer ao deputado que “além de os sinistrados terem informado aos polícias que o mesmo havia descido da viatura com uma garrafa de cerveja e testemunhas terem alegado que apresentava indícios de embriaguez, o teste de alcoolémia é realizado a todos os intervenientes em acidentes e que ao recusar-se faz pender sobre si uma presunção de condução sob efeito de álcool, que será resolvida em tribunal”.
A nota finaliza ainda que foi “com bastante surpresa que o Comando Provincial tomou contacto com o teor da mensagem do Senhor Deputado Sampaio Mucanda em relação ao sucedido, uma vez que tudo foi feito para respeitar a sua condição de Deputado da República e de cidadão, acima de tudo”, assina o Comandante da Polícia na Huíla.
Fonte: CK