Os nove primeiros secretários municipais da FNLA eleitos em assembleias de militantes e já empossados pelo presidente do partido, Nimi a Nsimbi, estão indignados com a decisão da direcção, que acusam de os obrigar a pagar com o seu próprio dinheiro, o arrendamento das sedes onde vão trabalhar.
Durante um encontro com a juventude do partido no último fim-de-semana, Nimi a Nsimbi disse que cada secretário municipal deve suportar o pagamento do local onde vai trabalhar com o seu próprio dinheiro.
“O partido não tem dinheiro, os secretários municipais devem fazer o esforço para o pagamento das instalações onde vão funcionar”, disse Nimi a Nsimbi.
Os nove secretários municipais entendem que o líder do partido contrariou o seu discurso recentemente, em que afirma que, “sem a estrutura municipal do partido, não se pode falar da FNLA”.
“Nimi a Nsimbi disse, enquanto presidente, não querer “lamentações” e que não quer ver os primeiros secretários a trabalhar nas suas residências.
“Onde é que vamos encontrar dinheiro?”, questionam.
À imprensa apurou ainda que o problema da sede da delegação provincial da FNLA em Luanda, que esteve encerrada por falta de dinheiro, foi resolvido pelo ex-presidente do partido, Ngola Kabangu, que disponibilizou dinheiro para arrendar uma nova sede.
Refira-se que o Presidente da República, João Lourenço, pediu à direcção da FNLA para apresentar os documentos que comprovem a propriedade do património reivindicado pelo partido há décadas, dando garantia que, com essa condição cumprida, os bens serão devolvidos.
A FNLA argumenta que em 1975, quando os portugueses estavam a deixar Angola, comprou vários edifícios que pertenciam aos colonos em todas as províncias do País que hoje estão ocupados pelo Governo angolano.
Fonte: NJ