Os custos para garantir o desdobramento, aprontamento das forças, equipamentos e o asseguramento de outros encargos com os 450 militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) de apoio às operações de manutenção de paz e asseguramento das áreas de acantonamento do M23, na região Leste da República Democrática do Congo (RDC), ultrapassam os 4 mil milhões de kwanzas, estando já em em execução cerca de 44 por cento da verba prevista, informou o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República.
Francisco Furtado referiu ainda que a Assembleia Nacional aprovou um período inicial de duração da missão de 12 meses. Segundo o ministro, embora seja uma missão de pacificação, as Forças Armadas Angolanas (FAA) estão “preparadas para um eventual descarrilamento do processo, através de uma unidade geradora de forças de manutenção”.
Contudo, o ministro garantiu que os efectivos das FAA estarão fora das áreas de conflito militar. Segundo o mesmo, há “um compromisso com as autoridades da RDC no sentido de não fazerem qualquer tipo de movimento durante o período de implementação.
“Existe um princípio universal que diz que quando há desengajamento de forças militares para uma área de acantonamento deve-se abster de realizar qualquer movimento de forças beligerantes na área. Este princípio universal está sendo respeitado pelas partes envolvidas no conflito militar, desde às 12 horas do dia 7 de Março”, reforçou o ministro, em declarações após ter participado na sessão de discussão e aprovação do Relatório Parecer Conjunto sobre o envio de um contingente das FAA de apoio às operações de manutenção de paz e asseguramento das áreas de acantonamento do M23.
A previsão é que a missão na RDC tenha início dentro de dez dias, com o contingente angolano a viajar para a cidade de Goma, após o Parlamento aprovar esta sexta-feira, 17, o envio das tropas, com 178 votos a favor, nenhum contra e igual número de abstenção.
Fonte: CK