O número de operações também aumentou para 1,8 milhões contra as 322 mil no mesmo período do ano passado, com uma variação de 478%. Já existem no País várias lojas virtuais que permitem aos clientes realizar o pagamento de forma remota com recurso a meios de pagamento virtuais, como Multicaixa Express, Paypal, Paypay, AnyPay e BayQi.
No primeiro trimestre deste ano a Empresa Interbancária de Serviços (EMIS) registou em compras online um montante total de 7,6 mil milhões Kz, o que representa um crescimento de 420% em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, cinco vezes mais do que os 1,4 mil milhões Kz do período homólogo, de acordo com os cálculos da imprensa feitos com base nos relatórios publicados pela Emis.
A acompanhar o montante transaccionado, o número de operações também aumentou quase para 1,8 milhões de operações contra as 322 mil do mesmo período do ano passado, com uma variação de 478%.
Actualmente existem no País várias lojas virtuais que permitem aos clientes seleccionar o produto e realizar o pagamento de forma remota com recurso a meios de pagamento virtuais, como Multicaixa express, Paypal, Paypay, AnyPay, BayQi, e receber a encomenda em casa. Nalguns casos o pagamento pode ser feito no momento da entrega. Neste tipo de operações, também em alguns casos, a factura é enviada por canais online, como e-mail ou outro. As compras incluem desde produtos alimentares, electrónicos, vestuário, cosméticos, livros e até produtos de higiene.
Quanto às lojas que existem no mercado, algumas são mais conhecidas e outras nem tanto. A Buitanda, Quitanda, Que Rápido Angola, Stekargo, ITEC Angola, Ezandu, Angoshop, Lojabose são algumas delas.
Muitas das grandes empresas que actuam no território nacional e já possuem lojas físicas viram a necessidade de agregar ao negócio uma loja virtual para venderem também online e acompanhar a evolução do mercado. São os casos da NCR, da SISTEC, da INOVIA, do Mundo da Casa e do supermercado Kibabo, por exemplo.
Com o mercado de lojas virtuais a crescer, cresce também o perigo das burlas, já que ao comprar online o cliente não tem contacto directo com o vendedor e muitas vezes não tem como garantir que a mercadoria chega até si. A confiança dos consumidores nos operadores comerciais é, por isso, fundamental para este negócio.
E-commerce fomenta empreendedorismo
Além das lojas formais, existem muitos pequenos empreendedores que têm tentado impulsionar os seus negócios aderindo à modalidade de venda online por meio das redes sociais. Nestes casos, para prevenir fraudes, os pagamentos são feitos no momento da recepção das encomendas.
Com o desemprego, novas oportunidades e redes sociais estão também a surgir muitos pequenos negócios voltados para a venda online, normalmente associados a serviços de entrega.
De acordo com o relatório do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que avalia a actividade empreendedora em 50 países, Angola ocupa o primeiro lugar no ranking dos países mais empreendedores do mundo, sobretudo porque, à falta de emprego, os angolanos são obrigados a procurar fontes de rendimento. Assim, 17,5% dos novos empreendedores nacionais adoptaram tecnologias e soluções digitais ao negócio em resposta à pandemia.
De acordo ainda com o documento, Angola apresenta uma percentagem significativa de empreendedores em estágio inicial (52.0%) que prevêem utilizar mais tecnologias digitais para vender os seus produtos ou serviços, o que coloca Angola um pouco acima da média do continente (50,5%).
Fonte: Expansão