Resteny Henriques, empresário do ramo de bebidas, procurou este Jornal para denunciar o quanto a sua vida está em risco por conta de Rosa José Semedo, com quem viveu um período de cinco anos (2012 a 2017), em comunhão de bens no bairro do Benfica município de Talatona. Conta que o fim do relacionamento deu lugar a uma onda de perseguição envolvendo indivíduos do SINFO e da Polícia Nacional, bem identificados, para o eliminarem por causa da residência construída pelo casal.
Resteny Henriques, em entrevista exclusiva à imprensa, contou que estava a viver maritalmente com a senhora Rosa José Semedo, num período de cinco anos.
“Sempre a amei, dei o meu respeito e carinho, mas sentia que não era correspondido; a companheira tinha objectivos inconfessos que passavam por construir a residência para depois me eliminar fisicamente; daí a rotura”. Asseverou ainda que cego pelo amor que nutria por ela, não visualizei atempadamente os objectivos da Rosa Semedo.
“Depois de ter terminado a obra, quando desenhávamos o futuro, entendemos rubricar uma declaração que limitava os poderes pela residência de ambos em caso de desaparecemos físico de uma das partes, uma vez que não temos filhos em comum”, disse.
Ele afirmou que começou a notar que a companheira já não era a mesma pessoa. “Ao dirigir-me à Empresa Provincial de Águas de Luanda (EPAL), apercebi-me que a Rosa adulterou o contrato, com ajuda de um funcionário, retirando o meu nome que inicialmente constava da base de dados, colocando o seu”, revelou.
Para ele, são indícios bastantes para preocupar-se. “Dias depois, descobri um caderno que supostamente era do antigo marido dela com uma fórmula de veneno, mais tarde confirmada na Google. Ao indagá-la o porquê da fórmula de veneno em casa, reagiu dizendo não iria me matar”, revelou, tendo decidido abrir um processo-crime na polícia do Talatona.
“Não satisfeita, juntou-se a dois indivíduos do SINFO conhecidos por Nené e Pouca Sorte que embolaram uma cena só vista nos filmes que viralizou nas redes sociais, em que um suposto homem com a marca da minha viatura, cor, a minha característica que deambula na cidade de Luanda acusando-o de ser altamente perigoso, um cafetão que a Polícia anda a procura sem sucesso”, acusou, cogitando que foi intencional.
“Iam me matar para depois dizerem que foi morto um marginal altamente perigoso, que as redes sociais fizeram referência”, declarou, assegurando que é coisa de profissionais.
Disse saber que Nené e Pouca Sorte foram os senhores que arquitectaram tudo. Lembrou que em 2017, foi obrigado a escalar o muro traseiro da sua residência para poder manter-se vivo.
“Apesar das brigas, ainda dividíamos o mesmo tecto, mas certo dia, ao chegar à casa, por volta das 18 horas, reparo que havia movimentação estranha na rua com pessoas de fato e gravata óculos escuros”, descreveu.
Além disso, notou que o sistema de vídeo vigilância tinha sido arrancado e os cães foram levados.
“Não tardou, recebo um telefonema por sinal de uma senhora do SINFO, advertindo-me para não sair de casa se quisesse continuar vivo, e que devia manter-me em casa até virem me bater a porta por um corpo de segurança enviada por uma suposta agente do SINFO”, relatou.
“Trémulo, aceitei de princípio, mas, ao observar do muro, vejo os mesmos homens vistos antes, bem apresentados separados e a falarem ao telefone, desconfiei que seriam estes os matadores, redobrei a atenção, quando senti a aporta a abrir, fugi no fundo do quintal e escalei o muro”, revelou.
Disse que esta senhora do SINFO que lhe telefonou, em parte, salvou-lhe a vida, mas também interagia com o Nené que é das operações “para me abaterem”.
“É muito estranho que a Rosa, que se reconciliou com o antigo marido, passados seis anos, foram vistos num aniversário com o Pouca Sorte, um chefe do SINFO; tenho fotografias”, garantiu.
Para a sua segurança, permaneceu por uma semana num dos hotéis de Luanda até colocar uma empresa de segurança privada em sua casa.
“Hoje, sinto que continuo a ser seguido e até porque a senhora Rosa recorreu ao tribunal de Relação, do Cível e na OMA, com o objectivo de me retirar a residência, mas estes sítios favoreceram-me por consideram um bem comum, por isso continuo a residir na mesma residência até encontrarmos um denominador comum”, afirmou.
Reconhece que construíram juntos a residência e diz que a OMA exarou um documento onde define a partilha dos valores em 50% depois de vendida, mas a sua ex-companheira está a fazer tudo para passar a residência em nome dela, o que a Administração do Talatona recusou-se a fazer e convidou-a a recorrer aos tribunais.
À imprensa contactou Rosa Semedo, mas está nega ter arquitectado uma acção que levasse a eliminação do ex-companheiro, mas admite ter um processo em tribunal por conta de uma residência.
Fonte: Na Mira Do Crime