O município do Cazenga, em Luanda, registou, só de Janeiro a Março deste ano, mais de 100 mil casos de malária, mais 10 mil comparando com o período homólogo de 2023, com maior enfâse em mulheres grávidas e crianças menores de cinco anos, uma situação que está a preocupar as autoridades deste município, soube à imprensa.
As autoridades reconhecem que o nível da doença está em alta no município e que diariamente o Hospital Municipal do Cazenga e o dos Cajueiros registam centenas de casos, mas não avançaram o número de óbitos registados neste período.
Na província de Luanda, os dados estatísticos dos primeiros três meses deste ano não foram ainda revelados, mas a informação que chegou à imprensa prova indica que ao nível dos municípios, o Cazenga continua no topo da lista, uma situação que inquieta a administração municipal.
De Janeiro a Março do ano passado, as unidades de saúde do município do Cazenga reportaram à direcção municipal mais de 90 mil casos de malária. Este ano, no mesmo período, as autoridades reportaram 100 mil.
A imprensa, não aceitam revelar o total de mortos no primeiro trimestre, mas asseguram que os números são “preocupantes”.
A informação foi avançada à imprensa pelo director municipal da Saúde, Caetano Miguel, que disse que há nesta altura um trabalho árduo da administração do Cazenga para combater esta doença, que é a segunda causa de morte em Angola, a seguir à sinistralidade rodoviária.
Segundo o responsável, a malária é a doença que mais frequentemente assola os habitantes do município.
“Estamos a falar de 101 mil casos só no primeiro trimestre deste ano. É um número preocupante, mas estamos a trabalhar para reduzi-lo”, disse o director municipal.
Entretanto, a administração do Cazenga deu início, na semana passada, a uma campanha municipal de combate à malária.
Segundo Caetano Miguel, é importante que as famílias ataquem o problema, evitando acima de tudo o contacto com os mosquitos, usando mosquiteiros. Já os munícipes, pedem às autoridades que melhorem o saneamento básico nos bairros, para evitar que a malária seja a principal patologia nos hospitais.
A imprensa sabe que os distritos urbanos mais afectados pela doença são os do Kalawenda, Hoji-Ya-Henda, Cazenga Popular e Tala-Hadi.
Com uma população estimada em dois milhões de habitantes, o Cazenga tem 15 unidades sanitárias públicas, sendo um hospital geral e dois municipais.
O Hospital Geral dos Cajueiros é a unidade de saúde a nível do município que mais tem recebido pacientes, e onde mais de 1.500 doentes são atendidos diariamente. Deste número, centenas são diagnosticados com malária.
Fonte: NJ