
Começou o julgamento de “Man Genas” e da esposa. São acusados de calúnia e difamação após alegações sobre tráfico de drogas. Arriscam uma pena de oito anos de prisão. A defesa critica o excesso de prisão preventiva.
A defesa de “Man Genas” denuncia irregularidades no processo e o excesso de prisão preventiva, já que o arguido está detido desde janeiro de 2024.
O julgamento de Gelson Emanuel Quintas e da sua esposa começou na terça feira no Tribunal da Comarca de Luanda. “Man Genas” foi detido depois de denunciar nas redes sociais o alegado envolvimento de autoridades angolanas no tráfico de drogas. Ele e a mulher são agora acusados de calúnia e difamação.
Em entrevista à DW, o advogado de defesa Gelson Bunga critica a não apreciação de “peças relevantes”, algo que estará a condicionar o processo.
Segundo Gelson Bunga, Ocorreram algumas situações menos boas. Desde já, a existência de peças no processo que não mereceram apreciação do juiz da causa.
Enquanto representantes de Gelson Emanuel Quintas, levantámos questões prévias que achamos relevantes, incluindo o excesso de prisão preventiva, uma vez que o arguido se encontra preso desde o dia 27 de janeiro de 2024, data em que foi deportado da República de Moçambique para Angola.
Ainda assim, o tribunal entendeu que essas eram questões irrelevantes devido ao estado avançado do processo.
Nós entendemos que essas são questões relevantes e enfermam o normal andamento do caso. No entanto, aceitámos para darmos continuidade à audiência enquanto o Meritíssimo Juiz informou que protelaria a apreciação das questões prévias levantadas em sede da própria decisão do processo.
GB: Enquanto defesa, requeremos que o arguido seja absolvido dos crimes em que venha a ser indiciado. Uma vez que o arguido aludiu que tem provas, mas foi alvo de um mandado de busca e apreensão e constam nos autos os seus bens onde estarão essas provas, vamos aguardar que o tribunal ordene para incluir essas provas no processo e que o arguido possa mostrar os meios que tem para a sua defesa.
Fonte: DW