CAN: Angola pode tornar-se a primeira selecção a qualificar-se para as meias-finais esta sexta-feira – Adeptos estão confiantes numa vitória dos Palancas Negras
A selecção angolana de futebol pode tornar-se esta sexta-feira, dia 2, na primeira selecção a apurar-se para as meias-de-finais do Campeonato Africano das Nações (CAN), em caso de vitória diante da Nigéria às 18:00, no Estádio Félix Houphouet-Boigny, no jogo dos quartos-de-finais do CAN que decorre na Costa do Marfim.
Depois de cinco dias de folga, os Palancas Negras, orientados pelo português Pedro Gonçalves, enfrentam as Super Águias, adversário que eliminou da corrida ao Mundial 2006 na Alemanha.
Para os nigerianos, este jogo significa uma desforra, pois os angolanos afastaram-nos do campeonato do mundo.
Os nigerianos têm até agora a melhor defesa do CAN, com apenas um golo sofrido, enquanto os angolanos tem um dos melhores ataques, com nove golos marcados.
O angolano Gelson Dala é o segundo melhor marcador da CAN, com quatro golos apontados, e é um dos atletas de luxo no ataque dos Palancas.
Apesar de a história demonstrar que a Nigéria é uma das grandes selecções africanas, no presente, essa glória esvai-se nos resultados obtidos nas últimas competições internacionais, com menos exuberância no “placard”.
No confronto directo entre Super-Águias e Palancas Negras, o jogo de infeliz memória para os nigerianos foi em 2005, para o Mundial da Alemanha, onde os angolanos deixaram, com uma vitória em Luanda por 1-0 e um empate em Lagos por 1-1, os nigerianos em casa.
Em caso de vitória, Angola poderá fazer história pois chegará pela primeira vez às meias-finais do CAN.
Muitos adeptos angolanos depositam confiança na selecção e estão crentes no apuramento para as meias-finais
Nas ruas, nos táxis, nos locais de trabalho e nos mercados, a conversa é só sobre o CAN, e as expectativas são enormes.
A maioria acredita na vitória de Angola frente à Nigéria, que lhe dará passagem às meias-finais da competição.
“Angola vai ganhar porque a Nigéria no seu melhor momento futebolístico, com grandes nomes do futebol africano e mundial, como “Jay-Jay” Okocha e Nwankwo Kanu, nunca nos ganhou, não será agora”, assegura, confiante, Luís Bastos, cujo pensamento é partilhado por centenas de adeptos.
Outros estão confiantes que desta vez Angola vai fazer história no CAN e que chegará mais longe, ou seja, à final.
“Estamos bem! Somos capazes de vencer a Nigéria, é só o treinador não trocar o onze inicial, e fazer as mexidas no momento certo”, alerta António Domingos, funcionário público, salientando que a equipa que defrontou a Namíbia, no passado sábado, deve manter-se.
O jornalista e analista desportivo João Armando, numa análise para à imprensa, chama a atenção para o facto de a Nigéria se apresentar em campo, se atender ao ranking da CAF, com um poderio superior ao de Angola, de 6º para 28º, o que faz “deste, seguramente, o jogo mais complicado” para a selecção angolana nesta competição.
“Treinada pelo português José Peseiro (o que faz deste duelo também um duelo de treinadores portugueses), a Nigéria apresentou-se neste CAN como um dos candidatos ao título”, e basta olhar, argumenta João Armando, também director do económico Expansão, para as principais casas de apostas no que diz respeito ao jogo desta sexta-feira, em que a Nigéria surge claramente como favorita.
Como incentivo, várias instituições públicas e privadas estão a oferecer aos atletas e equipa técnica da selecção milhões de kwanzas.
A SODIAM, empresa pública, tutelada pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, está a prometer à selecção nacional 207 milhões de kwanzas, caso vença o jogo.
Segundo a empresa, o valor será repartido entre a equipa técnica e os jogadores em jeito de reconhecimento.
Já o Banco Keve promete oferecer oito milhões de kwanzas a cada jogador da selecção e elementos da equipa técnica em caso de vitória contra a Nigéria.
A par do jogo entre Angola e Nigéria, esta sexta-feira, o segundo desafio do dia, às 21:00, vai opor a República Democrática do Congo (RDC) à Guiné, no Estádio Olímpico Alassane Ouattara.
Fonte: NJ