A direcção do Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, Osvaldo Serra Van-Dúnem, está desde há pouco mais de uma semana ‘sob fogo cruzado’, e com especial atenção nas redes sociais, após textos, áudios e fotos serem publicadas nas redes, acusando o comissário, Andrewyong Victor de Andrade Inaculo de facilitar o patenteamento a familiares, e a não dar espaço aos seus adjuntos, assim como cobrança de até 1 milhão de kwanzas para ingresso naquela instituição superior da PNA, entre outras promiscuidades.
Após dias de investigação sobre quem estava a vazar estas informações, chegaram até a uma ex-cadete, de nome Zenilda, cujo áudio, audível, faz graves acusações contra o oficial superior, instigada supostamente por um grupo de efectivos.
Fonte interna do instituto, em contacto com à imprensa, explicou que esta fase turbulenta, é por conta de reformas rigorosas implementadas por Andrade Inaculo.
“O director da instituição tem se dedicado a arrumar a casa, mas as suas acções têm gerado resistência por parte alguns efectivos e cadetes”, atirou.
Segundo conta, a questão central gira em torno da qualidade académica dos cadetes.
“O Dr. Inaculo, preocupado com a ausência de qualificação adequada, exigiu que o chefe da inspecção verificasse a documentação do ensino médio apresentada pelos cadetes. Após meses de investigação, ficou claro que muitos estavam ocultando informações, com a conivência de alguns oficiais superiores da instituição. Como resposta, o director concedeu uma moratória de dois meses aos cadetes implicados, permitindo que apresentassem justificativas plausíveis para resolver a situação”, descobriu.
No entanto, ao final desse período, alguns não conseguiram apresentar defesas satisfatórias, conforme pautas consultadas pela imprensa.
“Diante disso, o Dr. Inaculo tomou a decisão drástica de eliminar os cadetes do curso por falsificação de documentos, um acto classificado como crime, pela legislação vigente. Além disso, mais de 100 efectivos da instituição foram transferidos para o Comando Provincial de Luanda, seguindo uma orientação do Comandante Geral”.
Essa movimentação, segundo consta, gerou descontentamento significativo entre os efectivos, levando à formação de um grupo que se opõe abertamente ao director e sua equipe.
A imprensa tem as atenções viradas para o Instituto Superior de Polícia Osvaldo Serra Van-Dúnem, onde, aliás, a Polícia Judiciária mantém um posto-comando avançado, e adivinha-se detenções e expulsão nas próximas horas ou dias.
Este jornal sabe também que, para além de toda azáfama criada, a inspecção da PNA está no terreno para averiguar as acusações e os passos que o oficial comissário tem dado nos últimos meses.
Fonte: Na Mira Do Crime