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Cada 100 mil Kz emprestados à SONANGOL vão render 87 mil Kz ao investidor em 5 anos

Petrolífera angolana arrancou com o processo de emissão de obrigações no mercado interno, disponibilizando um grosso de 7,5 milhões de títulos, com o preço unitário de 10 mil Kz, mas, a baliza de investimento começa a partir da subscrição de 10 unidades, fixando, assim, 100 mil Kz como montante mínimo. Em cada ano, os investidores podem reaver, de forma bruta, pouco mais de 17.500 Kz.

Anualmente, cada investidor que decidir injectar o montante de 100 mil kwanzas nos mais de 7,5 milhões de títulos disponibilizados pela SONANGOL terá como rentabilidade 17.500 kwanzas, calculou à imprensa com base nos dados apresentados pela petrolífera estatal esta semana.

Contas feitas por esse semanário apontam que, no global, em 5 anos, com a taxa de juro fixada em 17,5%, o reembolso da aplicação do investidor que alocar o valor de 100 mil kwanzas, definido como montante mínimo para estar apto ao concurso das obrigações, pode chegar ao “teto” de 87,5 mil kwanzas. Este encaixe, entretanto, representa o valor bruto de arrecadação, sendo que, da quantia em causa, não se contam os descontos que são efectuados.

Porém, essa rentabilidade só pode ser alcançada se a aplicação estiver “intacta” durante o período determinado para o fim do processo, aprazado para 14 de Setembro de 2028.

Outra hipótese, como detalha o documento intitulado “Oferta Pública de Subscrição de Obrigações SONANGOL 2023-2028”, dada pela operadora petrolífera detida pelo Estado angolano de reaver o montante canalizado por parte do investidor é transaccionar fora do mercado ou na Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (BODIVA), caso seja admitida a negociação no mercado da bolsa.

Dito doutro modo, o investidor que aplicar 100 mil Kz em 10 obrigações e não quiser esperar pelo período estipulado para o reembolso poderá, livremente, vender a sua obrigação para outro interessado.

Emissão de obrigações será para pagamento a fornecedores e investimentos

Na cerimónia de apresentação da oferta pública de subscrição, o presidente do Conselho de Administração da SONANGOL, Sebastião Gaspar Martins, revelou que o montante pretendido com os 7,5 milhões de obrigações, que perfaz 75 mil milhões Kz a encaixar até ao final das emissões, vai ser canalizado para pagamento a fornecedores e em investimentos.

O número um da empresa petrolífera reconheceu que o valor não atende, ao todo, às necessidades do negócio, porém, afirmou que serve de “balão de ensaio” para avaliar e ajudar a dinamizar os mercados, que é responsabilidade da SONANGOL.

Fonte: NJ

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