O Banco Nacional de Angola (BNA) realizou uma avaliação do sistema de prevenção de crimes no sector bancário nacional e concluiu que o existe um “risco alto” de práticas do crime de branqueamento de capitais e médio para o crime de financimento do terrorismo.
Esta avaliação, realizada no âmbito da implementação do sistema de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, segundo o BNA, evidenciou ainda que o risco observado resulta da existência de ameaças e vulnerabilidades igualmente de nível elevado no que respeita ao branqueamento de capitais.
Numa nota divulgada no seu site oficial, o Banco Central detalha que estas avaliações concluíram que o risco existe ainda para o crime de financiamento do terrorismo para os bancos comerciais, embora de nível médio, resultante de um nível de ameaças e vulnerabilidades igualmente mediano
Enquanto para as instituições financeiras não bancárias apresentam um nível médio de risco para o financiamento de terrorismo, mas alto no que diz respeito ao branqueamento de capitais, com ameaças e vulnerabilidades igualmente relevantes.
Para as instituições financeiras não bancárias, o nível de ameaças sobre branqueamento de capitais é alto e as vulnerabilidades levaram o “selo” de médias-altas.
“Identificados os riscos, tanto de financiamento do terrorismo como o de branqueamento de capitais, as instituições financeiras sob supervisão do Banco Nacional de Angola, devem agora definir e implementar as medidas necessárias à sua mitigação”, diz ainda esta nota.
O BNA aconselha a que as medidas incluam “aumento das acções de consciencialização dos colaboradores sobre as tipologias e indicadores de suspeição relacionados ao branqueamento de capitais” e “providenciar actualizações regulares para o órgão de gestão sobre a exposição da instituição financeira ao risco de branqueamento de capitais”.
Estes devem ainda instituir políticas, procedimentos e processos internos claros para facilitar a identificação e disseminação informações à Unidade de Informação Financeira (UIF), de eventuais actividades relacionadas com o branqueamento de capitais.
Os bacos comerciais e as instituição financeiras não bancárias estão ainda pressionadas para robustecer as suas ferramentas de prevenção de forma a dar mais eficácia à monotorização de clientes e as transacções realizadas.
“As instituições financeiras estão ainda obrigadas, igualmente, a realizar, internamente, avaliações de risco para que tenham conhecimento do risco a que estão expostas”, avisa o BNA, que contou com a UIF, a PGR e os órgãos de investigação criminal e instituições financeiras na apresentação deste relatório.
Fonte: NJ