O Presidente norte-americano aterra em Luanda esta segunda-feira com mega investimentos previstos para contrariar a influência chinesa em Angola – e de que a portuguesa Mota-Engil pode beneficiar em centenas de milhões através do consórcio ferroviário do Lobito. O objetivo é estratégico: virar o comércio de minério do Índico para o Atlântico. É a primeira vez que o Air Force One aterra em Angola. Biden também visitará o Museu Nacional da Escravatura, uma vez que muitos escravos angolanos foram traficados para a América
É uma viagem histórica e Luanda está num alvoroço de alta segurança para esta segunda-feira receber a visita de três dias de Joe Biden, a mês e meio do fim do seu mandato (depois do adiamento da data por causa dos furacões de outubro). É a primeira visita de um Presidente norte-americano a Angola – uma vez que Washington foi um adversário do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) ao longo da Guerra Fria -, e será a primeira aterragem do Air Force One em África desde que Barack Obama esteve no Quénia e na Etiópia em 2015. A visita tem três objetivos assumidos pela Casa Branca: alavancar “a liderança dos Estados Unidos no comércio, investimento e infraestruturas em África”, tentando contrariar o domínio da China; “destacar a liderança regional e a parceria global de Angola”, assim como “a notável evolução da relação EUA-Angola”, disse esta semana Frances Brown, assistente especial de Biden para os Assuntos Africanos, num briefing com jornalistas.
Fonte: Expresso