O sector da banca no País despediu mais de 4 mil funcionários desde 2020, informou o presidente do Conselho de Direcção do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola, Filipe Makengo.
Segundo o sindicalista, estes despedimentos são resultantes do processo de privatização e reestruturação na banca angolana, particularmente do Banco de Comércio e Indústria (BCI), instituição alienada, em 2021, pelo Estado angolano ao Grupo Carrinho, por 29,3 milhões de dólares.
“Podemos dizer que, a nível do BCI, passaram pelo sindicato mais de 800 processos de despedimentos. Mas, aqui e acolá, nos bancos mais pequenos, há situações [igualmente de despedimentos] localizadas”, observou.
Em declarações à imprensa, após audiência com Raul Augusto Lima, 3.º vice-presidente da Assembleia Nacional, Filipe Makengo disse que recebeu do deputado a garantia de que o órgão de soberania continuará a trabalhar no sentido do normal exercício do sindicalismo no País.
“Apresentámos a preocupação do anti-sindicalismo, que se vai assistindo nas instituições bancárias. Tomaram nota e pensamos que vão trabalhar futuramente para melhorar o exercício sindical, (…) tendo em conta estes atropelos à Lei Geral do Trabalho e à Constituição”, reportou o sindicalista.
Quanto ao processo de desvinculação de trabalhadores, o administrador executivo do BCI, Jardel Duarte, referiu, em entrevista à Economia & Mercado em Maio desde ano, que se trata de um caso “concluído de forma muito positiva, um assunto que, para nós, não tem, agora, outro motivo para ser discutido”.
“Tanto é que se falou já daquilo que é a nova abordagem sobre o mercado, que foi a contratação de mais de 330 colaboradores novos, e que estão já integrados e a trabalhar nas suas funções plenas”, adiantou Jardel Duarte, à margem do acto de lançamento da nova marca do Banco de Comércio e Indústria.
Fonte: JA