Adalberto Costa Júnior, coordenador Frente Patriótica Unida, da oposição, insiste que Angola tem “todas as condições para realizar eleições autárquicas em 2025”.
FPU diz que 2027 é tarde demais para realizar as primeiras eleições autárquicas em Angola. A UNITA insiste que o país tem “todas as condições para realizar as autarquias locais em 2025”.
“Podia tê-las feito este ano. O próprio líder do partido do regime [João Lourenço] fez a sua campanha a prometer eleições autárquicas em 2024”, afirmou Adalberto Costa Júnior, de visita a Lisboa
Atrasos constantes
O problema é que ainda há três diplomas do chamado pacote legislativo autárquico que continuam por aprovar no Parlamento.
Por outro lado, Costa Júnior diz que o MPLA está a retardar a realização das eleições autárquicas com a nova divisão político-administrativa do país – por exemplo, defendendo a divisão da província de Luanda.
“O partido do regime tem medo do voto do cidadão. É apenas dependente da vontade política a condição de fazer eleições locais, e esta vontade não tem existido exclusivamente de quem está sentado no poder”, comenta o presidente da UNITA.
O MPLA separa as águas. Independente da nova divisão político-administrativa, o partido garante que está empenhado na conclusão do pacote legislativo autárquico.
Reforma eleitoral
A propósito das eleições, esta segunda-feira (29.07), o coordenador da Frente Patriótica Unida – que junta a UNITA, Bloco Democrático e o PRA-JA Servir Angola – apontou para a urgência de uma reforma eleitoral em Angola, através da constituição de um Tribunal Eleitoral independente.
Costa Júnior lembrou ainda, durante uma conferência de imprensa em Lisboa, que os angolanos querem o fim da partidarização da Comissão Nacional de Eleições, “no sentido de acabar com um partido que tem o domínio e a maioria absoluta dos comissários e que decide em causa própria”.
Fonte: DW