Em 2015 foi um dos presos políticos do processo dos 15+2. Passou um ano na prisão, fez greve de fome e a sua mensagem e postura ajudaram à pressão internacional sobre o regime do então Presidente José Eduardo dos Santos para amnistiar o grupo que emergiu do episódio como referência para muitos jovens que sonham com uma Angola melhor.
Hoje, Luaty Beirão é um dos principais rostos do Movimento Cívico Mudei, que apresentou dois relatórios que mostram que a ilusão trazida por João Lourenço ao país em 2017 há muito se extinguiu.
O primeiro é o relatório de monitorização da imprensa angolana do primeiro trimestre, que constata a forma condicionada como se continua a fazer jornalismo em Angola, com “ausência de sentido crítico ou de contraditório” em relação ao trabalho do Governo ou do MPLA, que continua a passar incólume pelos media do Estado, que são os principais do país.
O segundo fala de pelo menos 235 pessoas detidas arbitrariamente nas quatro províncias do Leste de Angola: Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte e Cuando Cubango.
São as mais recentes vítimas de “perseguição política, prisões arbitrárias e julgamentos injustos contra cidadãos contestatários e membros de um movimento independentista da região, o denominado Manifesto Jurídico Sociológico do Povo Lundês (MJSPL)”. Uma delas acabou por morrer devido às más condições na prisão.
Fonte: P/AN