Argentina leva a final de todos os tempos
Um espetáculo incomparável, resolvido nos pênaltis, depois de vencer a Argentina por 2 a 0, igualar a França aos 95″ com bis de Mbappé, marcar Leo aos 108′ e empatar Kylian aos 118′
Um dos mais fantásticos jogos da história do futebol terminou com a Argentina a sagrar-se campeã mundial pela terceira vez, à custa da França, derrotada no desempate por grandes penalidades (2-4 após 3-3 ao fim dos 120’) num encontro em que ninguém merecia perder.
Os argentinos foram melhores durante mais tempo, adiantaram-se na primeira parte, diferença de dois golos selada por Lionel Messi, aos 23’, de penálti na sequência de falta de Dembélé sobre Di María, que, aos 36’, a concluir grande jogada coletiva, dilatou.
Desagradado com a exibição fraca dos franceses, Didier Deschamps prescindiu de Dembélé e Giroud logo na metade inicial, aos 41’, mas a França continuou permissiva e sem criar perigo. Aos 60’, nem um remate dos bleus contra nove dos argentinos, cinco na direção da baliza.
Com a partida a caminhar para o fim, sem nada que antecipasse uma mudança no cariz do desafio, Otamendi cometeu falta na área sobre Muani e na marcação do penálti Mbappé reduziu, aos 80’. Não tardou o segundo, dois minutos depois, outra vez por Mbappé, remate de primeira a finalizar tabelinha perfeita com Marcus Thuram.
No prolongamento, de novo sangue, suor e lágrimas, pois claro! Messi voltou a deixar a Argentina na frente, aos 108’, recarga a remate de Lautaro Martínez que Lloris defendeu como pôde. Decidido? Nem pensar. Mbappé disparou, Montiel intercetou com o braço, na área, e o craque completou o hat trick da marca dos 11 metros, aos118’. Ao cair do pano, Muani isolou-se, mas Emiliano Martínez salvou com defesa sublime.
O guarda-redes argentino voltaria a ser decisivo no desempate final por penáltis, ao parar penálti de Coman – os gauleses ainda viram Tchouaméni atirar ao lado, enquanto Mbappé e Muani faturaram. Do lado argentino, Messi, Dybala, Paredes e Montiel marcaram.
Messi já tem sua Copa do Mundo
E estava escrito. Lionel Andrés Messi Cuccittini conseguiu o que perseguiu por toda a vida. Devolveu à Argentina a alegria e o orgulho que ela continha há mais de 30 anos, com Diego Armando Maradona à frente da Alviceleste. Ele encontrou seu lugar no mundo em Doha para fechar a lenda perfeita. Ninguém ficou tanto tempo no topo. Pelé resistiu até os 30 anos no México, Maradona com a mesma idade na Itália. Aos 35, Leo costurou a terceira estrela no peito do argentino , cheio de vitória e futebol.
Fonte: Abola