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Após operação policial que matou 132 pessoas no Brasil, Lula rejeita que crime organizado continue a “destruir famílias”

Sobe para 132 o número de mortos na sequência da mega operação policial no Rio de Janeiro. É já considerada a mais violenta da história do Estado brasileiro.

Presidente brasileiro defendeu, na quarta-feira, que o país não pode aceitar que o crime organizado continue a “destruir famílias” e que é necessário um trabalho integrado para atacar a “espinha dorsal do tráfico” sem colocar vidas em risco.

“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades”, sublinhou Lula da Silva, em comunicado, depois de se ter encontrado com a sua cúpula para discutir a megaoperação policial, na terça-feira, contra o Comando Vermelho, em dois complexos de favelas no Rio de Janeiro, na qual morreram 132 pessoas.

Naquela que foi a sua primeira declaração sobre a megaoperação, Lula da Silva disse ainda ter determinado a deslocação do ministro da Justiça e do diretor-geral da Polícia Federal ao Rio de Janeiro para um encontro com o governador, que resultou do anúncio de uma força-tarefa conjunta contra o crime organizado.

“Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar polícias, crianças e famílias inocentes em risco”, disse Lula da Silva, recordando que em agosto foi realizada “a maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro”.

A operação a que Lula da Silva se refere diz respeito ao Primeiro Comando Capital (PCC), a mais poderosa fação criminosa do Brasil, que tem ‘sede’ em São Paulo.

“Com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às fações criminosas”, garantiu.

A operação foi realizada na terça-feira nos complexos de favelas da Penha e do Alemão, numa área onde vivem cerca de 200 mil pessoas, e os confrontos estenderam-se a uma área de mata nos morros que rodeiam esses bairros.

Durante a operação foram detidos 113 suspeitos e dez adolescentes ficaram sob custódia policial; foram apreendidas 119 armas, 14 engenhos explosivos e toneladas de droga.

Membros da organização criminosa utilizaram várias armas de fogo de alto calibre e até ‘drones’ com bombas para enfrentar a polícia e bloquearam, na terça-feira, várias e importantes vias no Rio de Janeiro, paralisando parcialmente a cidade.

Os dados da Polícia são inferiores aos apresentados pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, que referiu que 132 pessoas foram mortas, depois de moradores dos bairros afetados terem estado à procura de familiares desaparecidos e começado a reunir e expor dezenas de corpos numa praça.

Fonte: LUSA

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