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Angola vai fazer leilão electrónico para comprar fármacos e reagentes para diagnóstico e prevenção da tuberculose, a terceira maior causa de mortalidade no País

A Central de Compras e Aprovisionamento de Medicamentos e Meios Médicos de Angola vai realizar um leilão electrónico para a compra de fármacos e reagentes para diagnóstico e prevenção da tuberculose, a terceira maior causa de mortalidade no País, depois da malária e dos acidentes rodoviários.

O procedimento electrónico prevê a compra em três lotes: material e reagentes de laboratório para testar 150 mil pessoas, entre as quais 50 mil crianças; medicamentos para a tuberculose sensível para 62.136 casos estimados, entre os quais 5.021 crianças, a que são acrescentados mais medicamentos para 30.000 pessoas destinados à profilaxia; e fármacos para a tuberculose resistente, para o tratamento de 4.000 adultos e 100 crianças.

No Orçamento Geral do Estado de 2023, o programa de combate à tuberculose foi contemplado com 7,9 mil milhões de kwanzas.

Esta compra de medicamentos enquadra-se no compromisso de Angola com o Fundo Global de Aquisição de Medicamentos e Meios Médicos para o Controlo da Tuberculose da Malária e do VIH-SIDA no período de 2021-2023.

A subvenção do Fundo Global para Angola para este período vale 103.2 milhões de dólares e o objectivo é reduzir novas infecções, morbilidade e mortalidade por VIH/SIDA, Tuberculose e Malária, assim como diminuir a incidência de Tuberculose de 355 para 325 por 100.000 habitantes até 2023. Visa ainda reduzir em 40% a morbilidade e 50% mortalidade da malária. A subvenção também aponta para a redução do número de novas infecções entre as populações-chave e vulneráveis e aumentar a cobertura do tratamento antirretroviral.

Em Angola os alertas têm vindo a crescer, mas não são novos. A direcção do Programa de Controlo, Prevenção e Combate à doença alerta para o crescendo de casos, mas, já em Novembro de 2022, o director clínico do Hospital Sanatório do Lubango, na província da Huíla, revelava que em cada dez pacientes que diariamente dão entrada nas urgências, metade tem tuberculose relacionada com o vírus da SIDA e os doentes são maioritariamente jovens, uma realidade para a qual a Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida e Grandes Endemias (ANASO) tem vindo a chamar a atenção há vários anos e que não se limita à província da Huíla, estendendo-se a todo o País.

Fonte: NJ

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