No ano passado, 731 pessoas suicidaram-se em todo o País, indicam dados do Serviço de Investigação Criminal a que à imprensa teve acesso. Situação é considerada «alarmante» pela directora do Programa de Saúde Mental do MINSA. Entre os psicólogos, há quem defenda a necessidade de se erguerem psiquiatrias nas 18 províncias.
Setecentas e 31 pessoas em todo o País puseram fim à própria vida ao longo de 2022, indica um relatório do Gabinete de Estudos, Informação e Análise (GEIA) do Serviço de Investigação Criminal (SIC) a que à imprensa teve acesso.
Os números, que apontam para uma redução de 68 casos comparativamente ao ano de 2021, em que se registaram em todo o País 799 casos de suicídio, referem que o enforcamento, com 410 casos, foi a principal forma de suicídio no ano passado, numa lista em que consta ainda o disparo com arma de fogo, com 97 registos; seguido de quedas, com 95, e envenenamento (81), sendo que o resto não é especificado no documento.
Com 158 ocorrências, a capital do País, Luanda, foi a província líder em termos de notificações. Na lista, seguem-se Benguela, com 140 casos, e Lunda-Norte, com 68. Do lado oposto, o Kuando-Kubango (6), Namibe (7) e Zaire (8) foram as que menos suicídios registaram.
Por conseguinte, dados fornecidos pelo SIC levam a concluir que, no ano passado, em média, diariamente, duas pessoas cometeram suicídio, o que totaliza 61 mortes por mês.
O documento do GEIA, que não detalha, entretanto, as causas que levaram a que 731 pessoas se suicidassem, não especifica também o género nem tão pouco a faixa etária ou a ocupação dos suicidas.
Contudo, até ao primeiro semestre de 2021, segundo documentos do SIC então divulgados pela imprensa, os suicidas eram maioritariamente homens, jovens, solteiros e desempregados.
Fonte: NJ