O sector dos Transportes e Armazenagens no país, registou nos últimos três anos um crescimento considerável, fruto dos vários investimentos que têm sido feitos sobretudo na recuperação de infra-estruturas e na aquisição de meios para facilitar a mobilidade.
Entre os factores que contribuiram para este crescimento, de acordo com um relatório do INE, constam os transportes de cabotagem, que tiveram um peso considerável no desempenho económico e financeiro do sector nos últimos três anos no país.
Os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), cita o Jornal de Angola, e revelam que o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou uma taxa de crescimento de 0,8 por cento contra uma contracção de 5,5 em 2020.
A recuperação económica registada no ano passado foi influenciada também pelo comportamento positivo do sector dos transportes e armazenagem, que registou um crescimento de 28,9 em 2021 contra uma forte contracção na ordem de 38,7 por em 2020.
Através dos indicadores económicos do sector é notório a melhoria dos seus resultados ao longo do exercício económico de 2021. O sector tem como principal proveito a prestação de serviços, representando cerca de 86,27 por cento do total dos proveitos.
O nível de actividade do sector em 2021 terminou com um resultado líquido do exercício positivo, avaliado em 23, 7 mil milhões de kwanzas, após um prejuízo de 115,2 mil milhões de kwanzas em 2020.
No domínio da análise vertical dos resultados das empresas de transportes e armazenagem, o aumento dos proveitos operacionais cresceu em 16,17 por cento em 2021 muito por conta do incrimento das vendas e da prestação de serviço na ordem de 24,94 e 16,56 por cento, respectivamente, tendo isto impactado no resultado alcançado em 552 milhões de kwanzas.
A rubrica de outros proveitos operacionais registou uma variação de 6,19 por cento em 2021, por causa do aumento dos serviços suplementares prestados pelas empresas do sector.
À semelhança dos proveitos, os custos operacionais cresceram em 3,33 por cento de 2020 para 2021, entre outros factores, devido à recuperação da economia depois da retracção económica vivenciada durante a pandemia. No entanto, o aumento dos custos não prejudicou os resultados operacionas do sector, que apresentou um saldo positivo ao fixar-se em 33, 2 milhões de kwanzas, depois de ter registado saldos negativos durante os três anos que antecederam o ano de 2021.
Dentro da estrutura de custos operacionais, a rubrica de outros custos e perdas operacionais (custos variáveis) representa por si só 48,91%, seguido das despesas com o pessoal com um peso de 33,60 por cento, sobretudo, devido ao aumento do nível de actividade e ajustes salariais que ocorreram, tendo por base a perda do poder de compra.
Do ponto de vista de classe de dimensão, a evolução do volume de negócios do sector em 2021 foi influenciado sobretudo pelo desempenho das grandes empresas (GE), por representar cerca de 76,14 por cento do total de volume de negócios, enquanto as demais classes de dimensão tiveram uma participação de 23,86 por cento.
O sector dos transportes e armazenagem compreende o transporte de passageiros e de mercadorias, regular ou não, por via-férrea, estrada, água e por condutas (pipelines), assim como as actividades auxiliares do transporte (manuseamento de carga, armazenagem, controlo de tráfego, parques de estacionamento, etc.), os agentes transitários e actividades dos correios.
Fonte: CK