Angola garante passagem ao Afrobasket feminino em jogo emocionante
Foi preciso esperar até ao fim, mas a Selecção Nacional sénior feminina de Basquetebol garantiu a qualificação ao Afrobasket 2025, esta terça-feira, no Pavilhão da Cidadela, depois de uma vitória, por 65-58, diante de Moçambique.
Angola e Moçambique prepararam-se para subir à quadra, com uma certeza para cada lado, só uma marcaria presença, no Afrobasket 2025, na Côte d’Ivoire.
Posteriormente, as respectivas equipas técnicas e as jogadoras de duas selecções, que tão bem se conhecem, nestas andanças, cantaram os hinos e deram os últimos gritos de guerra, enquanto se encaminharam para o palco do espectáculo aguardando o apito do árbitro da partida e o salto tradicional para ver quem fica com a bola.
Impulsionadas pelo público da casa, as anfitriãs ganharam o “tip-off” e tiveram uma entrada fulgurante, indo para o segundo período com uma vantagem de 13 pontos (25-12) frente às visitantes.
Antes do intervalo, as moçambicanas reagiram bem e chegavam aos balneários a perder somente por três (32-29), era um resultado que não interessava às aspirações de Angola, que necessitava de um triunfo por sete pontos ou mais para se apurar para o Afrobasket 2025.
No terceiro período, a formação da casa ripostou e descolou no marcador, partindo para o último quarto com uma diferença favorável de sete pontos (53-46), que na óptica da Selecção Nacional sénior feminina era suficiente para cumprir o objectivo a que se propunha no encontro.
No último período, Moçambique teve a um ponto de empatar a partida e passar para a liderança, com (55-54), mas da linha de lance livre, Ingvild Mucaro, que já actuou em solo nacional, com as cores do Interclube, vacilou por duas vezes.
Porém, redimiu-se tendo acertado da linha de lance livre, por duas vezes (58-59).
No total, liderou Moçambique com 18 pontos, 6/8 da linha de lance livre, quatro ressaltos, quatro roubos de bola e duas assistências.
Do outro lado, Italee Lucas vestiu a capa de super heroína e com cerca de um minuto e 23 para jogar, fez um movimento corporal em queda (Fadeaway) tendo conseguido dois pontos, além de sacar uma falta.
Na linha de lance livre não tremeu, aumentando para quatro a vantagem (62-58).
Angola precisava de uma paragem defensiva e de pontos rápidos, conseguiu a paragem, Italee Lucas não encestou, contudo no ressalto ofensivo, Sara Caetano fez mais dois pontos, faltava apenas um (64-58).
Mais uma vez, as comandadas de Paulo Macedo fizeram o que lhes competia e na transição defesa ataque, Isabel Fernando sofreu falta e foi à linha.
Num momento de cortar a respiração para os adeptos no Pavilhão da Cidadela, falhou o primeiro.
A alegria instalou-se nesta data simbólica para o país, 4 de Fevereiro, ao acertar o segundo e suspirou-se de alívio nas bancadas, fora da quadra e na quadra.
Italee Lucas foi a cestinha da partida com 28 pontos, cinco triplos, 11/23, correspondente a 47,8% de eficácia em lançamentos exteriores, enquanto Sara Caetano com um duplo-duplo, 10 pontos e 13 ressaltos, e Cristina Matiquite, com 15 pontos e oito ressaltos, foram, igualmente, decisivas para o triunfo angolano.
Fonte: JA