O Ilê Aiyê, um dos mais tradicionais blocos afros do Carnaval de Salvador, na Bahia, homenageou neste sábado, 18 de Fevereiro, o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, em alusão ao seu centenário de nascimento, comemorado a 17 de Setembro de 2022.
O Centenário do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, o seu forte lado cultural e humanista, também são como trunfos da iniciativa do bloco carnavalesco “Ilê-Aiyê” de Salvador da Bahia, considerado o maior grupo Afro do carnaval brasileiro.
O anúncio da homenagem foi feito, na página do Instagram do bloco, que além de desfilar neste sábado, desfilará também nos dias 20 e 21 de mês em curso.
Desde a sua fundação, o Ilê Aiyê promove homenagens a países e líderes africanos, por meio da valorização da história de diversos povos e nações do continente africano. Em 1984, o bloco afro da Bahia contou a história de Angola, antes da chegada dos portugueses, privilegiando as narrativas sobre os grandes guerreiros, reis e rainhas angolanos que resistiram à ocupação colonial.
Segundo direcção do Ilê Aiyê, a criação do bloco, entre 1974 e 1975, teve grande influência das lutas contra o colonialismo, que ocorriam em países como Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau e Angola.
Em 2018, no centenário de Nelson Mandela, o bloco afro consagrou o Carnaval daquele ano a um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos, sendo também o responsável pelo fim do regime racista do Apartheid, vigente entre 1948 e 1993 na África do Sul.
Para os directores do bloco de Carnaval da Bahia, Agostinho Neto também merece homenagens porque foi um dos responsáveis pela libertação de Angola da colonização portuguesa, tendo proclamado, a 11 de Novembro de 1975, a Independência do país africano.
Para contar a história do grande líder angolano, o Ilê Aiyê preparou uma extensa pesquisa biográfica de Agostinho Neto e da própria historiografia angolana.
A homenagem do Ilê Aiyê a Agostinho Neto no Carnaval da Bahia tem o apoio da Em-baixada de Angola no Brasil, através da Casa de Cultura de Angola na Bahia.
Fonte: AR