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Activista denuncia falta de transparência nas condecorações dos 50 anos da independência

A 5.ª Cerimónia de Condecorações, presidida pelo Presidente da República, João Lourenço, marcou a entrega das medalhas comemorativas dos 50 anos da Independência Nacional a diversas figuras públicas, entre elas Laurinda Prazeres, Mário Fernandes, Simão Wala, Ricardo d’Abreu e Teresa Dias.

Foram homenageados profissionais das áreas da saúde, cultura, comunicação social e desporto. No jornalismo, destaque para Paulino Damião (a título póstumo), Teixeira Cândido, Pedro Neto (RNA), Paulo Julião (TV Zimbo), Neto Júnior (TPA) e Jorge Gomes, conhecido como “Man Gomito” da Rádio Mais. Também foram distinguidos músicos como C4 Pedro, Yola Semedo e Anselmo Ralph, além de atletas como Manucho Gonçalves. Na vertente política e social, foram condecorados os governadores Nuno Dala e Narciso Benedito, entre outros.

Contudo, as distinções geraram críticas. Em entrevista à DW, a ativista angolana Laura Macedo questionou a legitimidade e os critérios das homenagens, acusando o Presidente João Lourenço de usar as condecorações como ferramenta de propaganda política.

“Há muita gente a ser condecorada que não vale sequer o chão que pisa. Temos assassinos, pessoas que nunca contribuíram para o Estado angolano. Não é por se ter trabalhado para um Governo ou partido que se merece uma medalha”, afirmou.

Laura Macedo criticou ainda a falta de transparência no processo, revelando que os homenageados são convidados a enviar biografias apenas depois de os seus nomes já constarem nas listas oficiais.

A cerimónia, que pretendia celebrar meio século de independência, acabou por levantar questões sobre o uso político das homenagens e a necessidade de maior rigor e transparência nas distinções atribuídas pelo Estado angolano.

Fonte: DW

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