As autoridades angolanas mantêm-se em silêncio após denúncias de abusos por parte de agentes das forças de segurança e das prisões. O Movimento Cívico Mudei denunciou recentemente casos de execuções sumárias, intimidações e agressões nas celas.
Quase um mês se passou desde que foram denunciadas as agressões físicas e psicológicas contra o ativista no estabelecimento prisional do Calomboloca, em Luanda. O motivo do incidente permanece desconhecido.
Em carta aberta, a Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD) exigiu um inquérito. Serra Bango, presidente da AJPD, afirmou à imprensa que é urgente encontrar e punir os responsáveis: “Os reclusos estão sujeitos a um regulamento penitenciário. Quem quer que tenha motivado a rixa dentro da prisão deve ser responsabilizado”, enfatizou.
Bango informou que a AJPD já se reuniu com a direção nacional dos Serviços Prisionais de Angola, que prometeu averiguar o caso. O presidente da organização defensora dos direitos humanos disse que, após obter os resultados das averiguações dos Serviços Prisionais, cruzará esses dados com as alegações do ativista Tanaece Neutro: “Só podemos falar com o Tanaece Neutro. Não temos competência para falar com o agente penitenciário em serviço. Por essa razão, solicitámos que fosse o Serviço Penitenciário a fazer isso”, acrescentou.
A DW contactou o Serviço Penitenciário durante mais de duas semanas, mas não obteve qualquer resposta até ao momento.
Fonte: DW