Um ano depois da morte por assassinato do ex-procurador militar da província do Kwanza-Sul, António Ferro Faria, o Tribunal da Comarca do Sumbe julgou e condenou o principal homicida a 22 anos de prisão e ao pagamento de uma indemnização à família, soube à imprensa.
Gelson Tchipindo Aguiar Capapelo, mais conhecido por “Pabalé, de 20 anos, sem ocupação profissional, na companhia de outros três amigos, dos quais dois prófugos, assassinaram em Maio de 2022 o então procurador militar jubilado, na marginal do Sumbe, quando este realizava os seus habituais exercícios físicos.
“Pabalé, o homicida, foi ainda condenado ao pagamento de 60 mil kwanzas de taxa de justiça, bem como sete mil kz ao seu defensor oficioso.
Em tribunal, o arguido, agora condenado, confessou ter cometido o crime devido ao consumo de estupefaciente e salientou que não estava no seu juízo perfeito.
Entretanto, um suposto comparsa que também era julgado no mesmo processo, foi absolvido por insuficiência de provas.
Os factos ocorreram no dia 11 Maio de 2022, por volta das 5:30, na marginal do Sumbe, quando o procurador militar jubilado realizava exercícios físicos e foi surpreendido pelo arguido, que, na tentativa de roubar os seus pertences, o esfaqueou.
Depois, conta a acusação, o arguido agora condenado meteu-se em fuga, tendo a vítima ainda sido transportada por populares para o Hospital Provincial 17 de Setembro, na cidade do Sumbe, onde foi declarado o óbito.
Em declarações à imprensa, o réu mostrou-se arrependido do crime.
“Estou arrependido pelo que fiz e apelo aos jovens que estão em liberdade a valorizarem-na, pois eu não valorizei. Àqueles que têm filhos, aconselho a cuidarem bem deles, de modo a não enveredarem pelo mundo da delinquência”, referiu “Pabalé, o homicida.
Já Bruno António Cupira, o jovem absolvido pelo tribunal, disse no final do acórdão que a justiça foi feita.
“Estou triste por ter ficado um ano na prisão por um crime que não cometi. Agradeço porque o tribunal é competente e por ter-me dado a liberdade de volta”, salientou o jovem.
António Ferro Faria, o procurador militar, tinha 63 anos, e, na altura, o seu assassinato era tido por muitos como sendo uma encomenda, mas as suspeitas não foram provadas durante o processo de investigação.
Fonte: NJ