O empresário Edson Caetano de Oliveira, proprietário da empresa Xtagiarious Finance, acusado de ter burlado centenas de pessoas em largos milhões de kwanzas, detido em Outubro de 2022 pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), começou a ser julgado esta semana no Tribunal de Comarca de Belas, Luanda, soube à imprensa.
Sobre o empresário recaem acusações da prática dos crimes de usura e associação criminosa, consubstanciados no recebimento de centenas de milhões de kwanzas de diferentes pessoas com promessas de reembolso no período de seis meses.
São, pelo menos, 18 processos-crime que Edson Caetano de Oliveira está deste quinta-feira, 11, a responder no Tribunal de Comarca de Belas.
O empresário foi detido no bairro da Caponte, na companhia de um funcionário, que segundo o Serviço de Investigação Criminal, obstruía a investigação.
Em Janeiro de 2022, vários cidadãos lesados apresentaram em grupo queixa ao SIC, em Viana, após a empresa Xtagiarious Finance não cumprir com o reembolso dos valores aos cidadãos, como tinham acordado as partes em Dezembro de 2021.
Segundo os clientes, na altura, o proprietário garantiu que iria trabalhar com um mini-autocarro para pagar as dívidas, o que não aconteceu.
Em comunicado, o BNA fez saber em 2021 que a empresa não estava habilitada a exercer qualquer actividade financeira sujeita à sua supervisão, sobretudo na captação de depósitos e aplicações monetárias, actividades estas reservadas às instituições financeiras bancárias.
No dia 03 de Agosto de 2022, o empresário e proprietário empresa Xtagiarious Finance, Edson Caetano de Oliveira, foi constituído arguido por fortes indícios da prática dos crimes de usura e associação criminosa.
Edson Caetano de Oliveira viu apreendidos, ainda em Agosto, 16 imóveis no Zango 8.000, pertencentes ao empresário e empresa Xtagiarious.
A detenção de Edson de Oliveira, que estava em fuga, e do funcionário da Xtagiarious Finance ocorreu, Outubro, quando circulavam na via pública na província de Benguela.
Segundo relatos que à imprensa teve acesso, junto das autoridades policias, o empresário tinha criado situações para fazer crer que tinha saído do País, enquanto levava uma vida normal no bairro da Caponte, em Benguela, com a mulher e os filhos.
Fonte: NJ