O coordenador do projecto político PRA-JA Servir Angola, Abel Epalanga Chivukuvuk, desvalorizou esta quinta-feira, 13, as críticas de vários sectores da sociedade civil e alguns políticos sobre a sua condecoração pelo Presidente da República, João Lourenço, com a “Ordem da Paz e Concórdia, 1.º Grau”.
“A minha condecoração é legítima”, resumiu aos jornalistas Abel Chivukuvuku, à margem da abertura da Iª reunião extraordinária da comissão directiva provisória.
Na sua opinião, a sua condecoração foi por ter feito muito, em todos processos de manutenção e pacificação da paz alcançada em Angola.
No seu discurso de abertura da reunião, o coordenador do projecto político PRA-JA Servir Angola anunciou que vai processar todas as instituições que inviabilizaram a legalização do projecto para não participar nas eleições gerais de 2022.
“Os nossos advogados estão a trabalhar para isso e estamos a estudar todos os caminhos para processar as instituições que prejudicaram o nosso projecto político”, referiu.
O coordenador do PRA-JA Servir Angola diz estar confiante na legalização do projecto no último trimestre deste ano, admitindo que “não será fácil”, mas afirmando que o PRA-JA Servir Angola está “à altura de contornar todas as manobras que acontecem nos tribunais”.
“Vamos processar o Ministério da Administração do Território e o Ministério da Justiça que contribuíram para a não legalização do projecto”, acrescentou, lembrando que na oportunidade, foram levadas às administrações municipais as assinaturas autenticadas, mas que o Tribunal Constitucional não aceitou.
“A crise no sector da Justiça em Angola reflecte as acções do Executivo, mas vamos encontrar todos os caminhos para legalizar o projecto”, referiu.
Depois da legalização do projecto, o político anunciou que vão realizar o Iº congresso constitutivo, que poderá acontecer no primeiro trimestre do próximo ano.
“Enquanto em Angola houver um regime insensível, nós estaremos de pedra e cal, enquanto os jovens continuarem desempregados, nós estaremos de pedra e cal”, garantiu, sublinhando que continuarão ligados à Frente Patriótica Unida.
A vice-presidente da UNITA, Arlete Chimbinda, que representou o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, lamentou que os adversários políticos pretendam criar fissuras para desestabilizar a Frente Patriótica Unida.
“Os nossos adversários politicos estão atrapalhados. Por isso, devemos estar unidos”, referiu.
O vice-presidente do Bloco Democratico, Nelson Pestana “Bonavena”, que representou o presidente do partido, Filomeno Viera Lopes, disse que a FPU é um espaço de afirmação para a alternância do poder em Angola.
“A legalização do PRA-JA Servir Angola reforça o campo da oposição para a alternância do poder em Angola”, referiu.
De lembrar que o Tribunal Constitucional chumbou em definitivo a legalização do PRA-JA Servir Angola, após várias respostas negativas e recursos apresentados pela comissão instaladora do partido político
Em causa estariam dúvidas relativas às mais de 30 mil assinaturas que o projecto político recolheu com vista à sua legalização. De acordo com a Lei, é necessário recolher as assinaturas de pelo menos 7.500 cidadãos devidamente reconhecidas pela administração.
Fonte: NJ