As autoridades vietnamitas interceptaram sete toneladas de marfim de elefantes provenientes de Angola. O marfim foi encontrado pela alfândega no porto de Haiphong, num contentor que, de acordo com o diário de bordo oficial, deveria estar carregado de amendoins.
O carregamento foi enviado para o Vietname via Singapura, segundo as autoridades.
Em Angola é recorrente a detenção de indivíduos asiáticos no Aeroporto Internacional de Luanda, acusados de traficar marfim, dissimulado de várias maneiras.
As presas de elefante e as escamas de pangolin são os elementos mais procurados e os que têm estado na génese de mais apreensões.
Já este mês, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) anunciou que está a investigar vários asiáticos que usam delinquentes angolanos em esquemas de tráfico de marfim.
São vários cidadãos de nacionalidades chinesa e vietnamita, que antes usavam meios próprios para explorarem marfim em Angola, mas que, desde que se aperceberam que estavam a ser investigados pelas autoridades angolanas, “começaram a mudar o jogo, contratando meliantes angolanos para fazerem todo trabalho, garantindo-lhes uma recompensa em dinheiro”, segundo contou ao Novo jornal o director nacional do gabinete de comunicação institucional e imprensa do SIC, superintende-chefe Manuel Halaiwa.
O Vietname proibiu oficialmente o comércio de marfim em 1992, mas, apesar disso, continua a ser um centro de transporte ilegal de vida selvagem na Ásia.
A Ásia é o grande mercado de destino destas partes de animais, especialmente as escamas de pangolin e chifres de rinoceronte, que são usados na medicina tradicional chinesa, sendo que a principal é o seu uso como estimulante sexual que a ciência garante não ter qualquer fundamento visto que o chifre de rinoceronte é composto pelo precisamente mesmo material que constitui as unhas humanas.
Fonte: NJ