Uma alta funcionária da TAAG na África do Sul foi demitida, apesar de o relatório produzido por advogados contratados pela própria companhia de bandeira considerá-la inocente em duas das três acusações de que era alvo. Importante organismo sindical sul-africano já entrou no caso, prometendo levá-lo a tribunal. Em Luanda, agendou-se para sábado, 25, uma marcha contra a suposta «má gestão» na transportadora. À imprensa tentou ouvir a TAAG para um e outro caso, mas a empresa na fala.
A TAAG – Linhas Aéreas de Angola arrisca-se a um processo judicial na África do Sul por despedir uma trabalhadora com base em resultados de um processo disciplinar em que a funcionária é considerada inocente em duas das três acusações de que era alvo, apurou o Novo Jornal, mediante análise das 31 páginas do referido dossier.
A companhia de bandeira nacional demitiu, a 15 de Fevereiro, a angolana Elizabeth Júlio do cargo de chefe de escala em Joanesburgo, Cape Town, Windhoek e Maputo, apesar de a Phil Grose & Associates, escritório sul-africano de advogados contratado pela TAAG para conduzir o processo disciplinar, ter colocado várias objecções.
Por exemplo, inicialmente, pesavam sobre Elizabeth Júlio oito acusações, mas, devido a contradições e à falta de provas, apenas três acabaram por chegar à fase final, em que uma delas [a de suposta fraude/desrespeito às normas de serviço] viria a ser validada e usada pela TAAG como justificação para um despedimento que a SACCAWU, importante coligação de sindicatos de trabalhadores da África do Sul, considera “abusivo”, pelo que pondera levar o caso às barras do tribunal.
Entretanto, para se perceber a cronologia desta polémica, é preciso recuar-se para 30 de Agosto de 2022, quando um despacho do PCE da TAAG, Eduardo Soria, oficializava a nomeação de Elizabeth Júlio ao cargo de chefe de escala da companhia em Joanesburgo, Cape Town, Windhoek e Maputo.
Fonte: NJ