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Akwá “magoado” com FAF

O antigo internacional Fabrice Maieco “Akwá”, suspenso há mais de 10 anos de toda actividade desportiva, diz-se magoado pela forma como o seu caso tem sido tratado pela Federação Angolana de Futebol (FAF).

O ex-goleador dos “Palancas negras” está impedido de exercer qualquer função a nível do desporto federado, por decisão da FIFA, devido a uma multa de 260 mil dólares ao Qatar SC, por ausência, fora do prazo estipulado por lei, numa altura em que representava a selecção nacional.

“Depois de um jogo (da selecção), eu tinha 48 horas para me apresentar ao clube, mas, por orientação da FAF, toda a equipa veio primeiro para Luanda (a excepção de Mantorras – Sport Lisboa e Benfica). Atrasei-me e, por isso, o clube apresentou queixa à FIFA e fui suspenso”, explicou no programa “Prolongamento” da TV Zimbo, emitido segunda-feira.

Em lágrimas, o ex-camisola 10 dos Palancas Negras disse, porém, não se sentir arrependido por tudo que o fez pelo futebol nacional.

Explicou que, durante a preparação do CAN de 2010, decorrido no país, foram-lhe dadas oficialmente garantias de que a FAF resolveria a questão, tendo, a partir daí, mantido contactos com Alves Simões, na altura vice-presidente para as selecções nacionais, sobre a liquidação, que, no entanto, não se efectivou até ao momento.

Reagindo às declarações do actual presidente do Interclube, Alves Simões, em conferência de imprensa, em que ameaçou processar Akwá pelas acusações segundo as quais este dirigente teria responsabilidade no não pagamento da multa ao clube Quatar SC, o antigo atleta disse ter consciência das suas afirmações.

Alves Simões, na altura vice-presidente para as selecções nacionais, diz desconhecer qualquer orientação relativa ao pagamento da multa.

Autor do golo que levou Angola, pela primeira vez, a um Campeonato do Mundo (Alemanha2006), Akwá começou a carreira profissional em 1992, no Nacional de Benguela, e passou por equipas portuguesas, como Sport Lisboa e Benfica, Alverca e Académica de Coimbra.

Além do Qatar SC, jogou também pelo Al-Wakra e Al-Gharafa (igualmente do Quatar) e encerrou a carreira no Petro de Luanda, em 2008.

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