Os crimes financeiros, por serem designadamente conhecidos como crimes de branqueamento de capitais, exigem “níveis de inteligência acrescidos de quem os combate”, defendeu, o Presidente do Conselho de Administração da Administração Geral Tributária (AGT), José Leiria.
“Os crimes ligados às actividades da AGT, muitas vezes são crimes que têm como finalidade sonegar e criar situações evasivas do ponto de vista fiscal, o que prejudica efectivamente a receita que pertence a cada um de nós, enquanto integrantes dessa sociedade”.
José Leiria fez essas declarações ao discursar na abertura do curso sobre “Investigação Financeira para Angola”, promovido pela Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (ONUDC). José Leiria enfatizou também a necessidade de se analisar o “quão nefastas podem ser para a sociedade, as situações consideradas inaceitáveis sobre crimes ligados ao sector financeiro”.
“É assim que a troca de experiências, formações, capacitações e melhoramento do nosso know-how, vão efectivamente garantir que nos tornemos mais capazes de identificarmos de forma eficiente os crimes de natureza financeira”, enfatizou.
Segundo comunicado do Ministério das Finanças, o curso de Investigação Financeira para Angola integra-se no âmbito do projecto PRO.REACT, financiado pela União Europeia, e que tem como objectivo apoiar o fortalecimento do Sistema Nacional de Confisco de Activos em Angola, assim como desenvolver um sistema eficaz de combate aos fluxos financeiros ilícitos e contribuir para um maior crescimento económico e para a redução da pobreza em Angola.
O curso tem como formadores especialistas da Polícia Federal do Brasil e destina-se a capacitar profissionais da Procuradoria-Geral da República de Angola, da Administração Geral Tributária, dos Serviços de Investigação Criminal, da Unidade de Informação Financeira, do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado, da Inspecção Geral da Administração do Estado e da Comissão de Mercado de Capitais.
Fonte: CK