
O juiz de garantia do Tribunal de Comarca de Luanda (TCL) decretou esta quarta-feira,13, a prisão preventiva para os dois cidadãos de nacionalidade russa, Ígor Racthin, 38 anos e Lev Lakshtanov, 64, decidindo-se igualmente pela aplicação da medida de coação pessoal mais gravosa para o secretário nacional para mobilização da JURA, braço juvenil da UNITA, Oliveira Francisco, e para o jornalista da Televisão Pública de Angola (TPA), Carlos Tomé.
Segundo o Serviço de Investigação Criminal (SIC) os homens são acusados de associação criminosa, falsificação de documentos, introdução ilícita de moeda estrangeira no país, terrorismo e financiamento ao terrorismo.
O SIC assegura que as investigações determinaram que os cidadãos russos são operacionais da organização Africa Politology, que, entre várias missões, visam promover campanhas de desinformação, manipulação da média local e infiltração em processos políticos, sobretudo no fomento da subversão.
Conforme o SIC, os acusados entregaram avultadas somas de dinheiro, em moeda nacional e estrangeira, a jornalistas, políticos, associações profissionais e produtores de conteúdos digitais para dar suporte à sua acção.
A investigação do SIC diz ter apurado ainda que a organização África Politology não actua apenas com propaganda digital e notícias falsas, “sendo que financia também manifestações encenadas, corrompe jornalistas locais e molda narrativas públicas a favor dos seus interesses estratégicos”.
Ao cidadão Caetano Agostinho Muhongo Capitão, 58 anos, que havia sido detido no mesmo processo, foi-lhe restituída a liberdade, mediante termo de identidade e residência.
FONTE: NJ