
A Sonangol financiou em cerca de 51,519 mil milhões de kwanzas a Fábrica de Fertilizante do Grupo Opaia, Amufert, numa engenharia financeira que se assemelha aos financiamentos que, no passado, a petrolífera fez a outros projectos privados que passaram, desde 2017, a ser alvo da justiça a pretexto volta de irregularidades.
A participação da Sonangol no investimento foi tornada pública em 2024, altura da assinaura do contrato entre a Amufert e o Afrexibank para o financiamento do projecto. No entanto, na ocasião, o ministro dos Petróleos, Diamantino de Azevedo, que falou sobre o envolvimento da Sonangol, não avançou os valores envolvidos, falando apenas em “pequena garantia”.
“Para entusiasmar, dar confiança a este projecto, motivamos a Sonangol e o grupo Opaia a unirem-se na Amufert. Foi aprovado o contrato do fornecimento de gás a um preço próprio para este projecto. O Governo deu uma pequena garantia para que este projecto pudesse também ter estas condições”, disse, na ocasião.
Entretanto, o relatório e contas da petrolífera, referente ao exercício de 2024, expõe mais detalhes sobre o negócio ao declarar ter por receber mais de 51,519 mil milhões de kwanzas, correspondente “a suprimentos cedidos a favor da participada”.
Fonte: VE