O antigo deputado à Assembleia Nacional David Mendes enalteceu a postura da bancada parlamentar da UNITA por ter votado contra, durante a declaração política lida pelo deputado Joaquim Nafóia, “por ter conseguido separar as águas, respeitando as normas”.
Ao votar a favor mostrou maturidade”, disse.
O ex-Presidente da “Mãos Livres”, disse que a nota da UNITA deixa a entender que há outros deputados implicados, pelo que, a medida e o peso deve ser igual para todos.
O também analista à imprensa espera que “não se esconda a verdade, e que Assembleia Nacional deve ser exemplo para uma sociedade, pelo que reitera o seu reconhecimento em votar a favor, por ter exigido que todos os deputados nessas circunstâncias sejam punidos, conscientes que a sociedade vai cobrar”.
Já, o especialista Agostinho Sicato disse que, a UNITA sai reforçada por ter votado contra o seu próprio deputado implicado em conduta ilícita, por colocar um bem público em busca de lucro pessoal.
Sicato, disse que o “Galo Negro enviou uma mensagem à sociedade de que, se assumir o poder poderá agir em conformidade com a lei, mas, deixou um recado aos demais parlamentares que tentarem envolver-se nessa conduta, poderão ver os mandatos, pois acha que esse caso não seja único”.
O académico avançou que as repercussões são de fórum individual no caso do antigo parlamentar Alberto Catenda, que perdeu o mandato nesta quarta-feira, 22.
A Assembleia Nacional votou ontem durante a 1.ª reunião plenária ordinária da 3.ª Sessão Legislativa da V Legislatura, sobre o Processo Disciplinar contra o Deputado Alberto José Catenda aprovado com 192 votos a favor, zero contra e duas abstenções, a perda definitiva do mandato do deputado pelo Círculo Eleitoral do Cuanza Norte.
Na sua declaração, o Grupo Parlamentar da UNITA disse que votou a favor da deliberação da cessação do mandato do Deputado Alberto José Catenda por entender que a primeira razão tem que ver com o princípio da subordinação da política à ética.
Para a UNITA, “a ética é um valor imprescindível e inalienável. Por esta razão, tão-logo se apercebeu da ocorrência dos factos e, de acordo com o regulamento interno, tomou medidas que se consubstanciaram na suspensão preventiva, colocando o deputado à disposição dos órgãos competentes da Assembleia Nacional para a devida deliberação”.
Fonte: CK