Assinala-se hoje o Dia Mundial do Combate à Sida, data que é celebrada, anualmente, a 1 de Dezembro, com o objectivo de sensibilizar e apoiar aqueles que padecem desta doença e homenagear os que faleceram infectados.
Em Luanda, numa ronda efectuada pela imprensa, na manhã de hoje, quinta-feira, 1, para ouvir dos cidadãos o que sabem sobre a doença, uma particularidade chamou atenção à nossa equipa de reportagem: a venda ambulante de preservativos.
Em paragens, no trânsito, engarrafamentos, pedonais e táxis, os chamados “evita problemas”, como são apelidados pelos vendedores ambulantes, são comercializados a preços três vezes mais baixos que as farmácias, e rondam dos 100 a 200 kwanzas, enquanto que nas farmácias variam de marcas, que vão dos 500 kwanzas aos 3500 kwanzas.
Conversamos com um dos vendedores para saber a origem dos preservativos que comercializam, e se como têm sido conservados, pelo que, limitaram-se apenas em responder, omitindo a fonte de onde obtêm.
“Kota, queres comprar ou queres saber de onde compramos ou como guardamos? Se queres comprar, compra só para não apanhares sida”, respondeu, o jovem vendedor com quem conversamos na zona dos congolenses.
Para além de ser proibido, de acordo com as autoridades sanitárias e policiais, o uso de preservativos comercializados em mercados informais ou venda ambulante, são os mais propensos em risco de uma contaminação do VIH-SIDA, segundo fez saber o especialista em saúde, Honório Walter, especializado em urologia.
Contactado pela imprensa para saber da qualidade dos preservativos comercializados a céu aberto, Honório Walter explica que o preservativo não deve ser uma opção somente para quem não se infectou com o VIH, porque, explica, para além de evitar a transmissão de outras doenças, que podem prejudicar ainda mais o sistema imunológico, previne contra a reinfecção pelo vírus causador da Sida, o que pode agravar ainda mais a saúde da pessoa.
Honório acrescenta que o uso de preservativos comercializados a céu aberto ou na venda ambulante, devem ser evitados, por serem pouco fiáveis durante o sexo.
“O apelo que deixo é que comprem sempre preservativos nas farmácias, e nunca na rua. Porque conheço, hoje, pessoas soropositivas que apanharam a doença mesmo utilizando preservativos comprados na rua”, disse.
Entre os cuidados a ter com a “camisinha” no momento do uso, o urologista explica que guardá-la em local fresco e seco, nunca abrir a embalagem com os dentes ou outros objectos que possam danificá-la, colocar desde o começo do contacto entre o pênis e a vagina e apertar a ponta enquanto ela é desenrolada para retirar o ar, são as recomendações que todo cidadão deve ter sempre em conta.
Fonte: CK