A informação foi transmitida hoje pelo presidente do conselho de administração da empresa, Sebastião Gaspar Martins, tendo apontado uma série de acções a serem desenvolvidas nos próximos cinco anos antes da dispersão do capital da petrolífera em bolsa.
Aumentar a quota de produção nacional operada de petróleo bruto e gás natural para pelo menos 10% e aumentar a capacidade nacional de refinação de petróleo bruto, para reduzir a dependência de importações bem como desenvolver pelo menos um polo petroquímico, estão entre as prioridades da petrolífera.
Para o próximo quinquénio, a Sonangol propõe-se também em produzir energia eléctrica a partir de fontes renováveis, aumentar a capacidade de armazenamento, optimizar e rentabilizar os serviços de logística, distribuição e comercialização de produtos refinados.
As metas da petrolífera estatal angolana foram apresentadas por Sebastião Gaspar Martins, quando falava na III Conferência Internacional Angola Oil & Gás (AOG) 2022, que se iniciou hoje na capital angolana.
O presidente da Sonangol, que interveio no painel sobre o “Outlook da Indústria de Petróleo e Gás em Angola”, realçou que a empresa que dirige prevê também, entre 2023 e 2027, “controlar e reduzir em pelo menos 20% as emissões de dióxido de carbono nas operações de exploração e produção bem como na refinação”.
Constituem ainda prioridades “aumentar a captura de carbono com a implementação do nosso Projecto Sonangol Carbono Azul, incluindo plantações de mangues, optimizar o desenvolvimento organizacional e investir no capital humano e tecnológico para o incremento da produtividade da empresa”.
“E quando todas as pré-condições forem atendidas dispersar até 30% do capital social da empresa por meio de um processo de IPO”, assinalou.
Além de prever aumentar a quota de produção operada de petróleo e gás para o mínimo de 10% até 2027, não obstante a actual quota de 210 mil barris/dia, a Sonangol “está também a construir capacidade operacional de refinação”.
“Os três novos projectos em andamento que elevarão a capacidade de refinação do país para cerca de 425 mil barris por dia bem como o aumento em 580 mil metros cúbicos da capacidade de armazenagem em infra-estrutura de distribuição para atender a procura atual e futura”, rematou Sebastião Gaspar Martins.
A terceira edição da AOG 2022, que se estende até quinta-feira, decorre sob o lema “Promover uma Indústria de Petróleo e Gás Inclusiva, Atraente e Inovadora em Angola”.
Fonte: NJ