Desde o lançamento do Angosat-2 em 2022, o satélite tem desempenhado um papel crucial na expansão do acesso à Internet em Angola, especialmente em áreas remotas. De acordo com o engenheiro Zolana João, diretor-geral do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), o projeto já beneficiou mais de 300 mil cidadãos em 13 províncias do país. Esta iniciativa foi discutida durante a 32.ª Sessão Temática do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, realizada no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), onde foi enfatizado o impacto do Programa Espacial Nacional no cumprimento das metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027.
Zolana João ressaltou que o Angosat-2 foi projetado para oferecer conectividade em regiões isoladas, garantindo que mais pessoas possam acessar serviços essenciais sem a necessidade de percorrer grandes distâncias para se comunicarem. Um dos objetivos principais do programa é que, até 2027, 40% da população angolana tenha acesso à Internet, o que, segundo ele, facilitará o desenvolvimento econômico e social dessas regiões menos favorecidas.
Além disso, a conectividade proporcionada pelo satélite está a ser vista como uma ferramenta transformadora para melhorar a educação, saúde e a inclusão digital no país, apoiando também a descentralização dos serviços e a redução das desigualdades entre áreas urbanas e rurais. O Angosat-2 faz parte de uma estratégia nacional que visa posicionar Angola como um importante ator no campo das telecomunicações e da exploração espacial no continente africano.