O Serviço de Investigação Criminal (SIC) desencadeou uma operação nesta quinta-feira, 19, que culminou na detenção de três cidadãos estrangeiros de nacionalidade Ruandesa, com as idades compreendidas entre 36 e 37 anos que fabricavam, de forma clandestina, bebidas energéticas (Kambucha), na zona da Camama, município de Talatona
De acordo com o porta-voz do SIC-Geral, Superintendente-chefe Manuel Halaiwa, que falava à imprensa, a detenção dos indivíduos foi possível mediante uma denúncia que dava conta da existência de uma residência onde era engarrafada a referida bebida consumida de forma tradicional.
O SIC despoletou diligências criminais que confirmaram a sua existência, cujas actividades eram desenvolvidas por cidadãos estrangeiros e angolanos.
“Verificamos aqui um fabrico artesanal com sérios riscos de atentado à saúde pública porque há um grande número de consumidores com destaque para os jovens que têm estado a consumir com bastante frequência esta bebida energética”, salientou aquele responsável, acrescentando que os cidadãos detidos são formados em bioquímica a partir da Índia e o que devia ocorrer é a industrialização da bebida.
Avançou ainda que os mesmos incorrem em vários crimes, desde actividade económica ilícita, contrafacção de mercadoria, fuga ao fisco dentre outras, o que levou o SIC a tomar mão e desmantelar o grupo organizado que, no rótulo da bebida que aí é produzida tem a descrição de uma bebida fabricada na província da Huíla.
“Quer os rótulos destas bebidas quer as garrafas estão mal-acondicionadas, há fortes suspeitas que muitas destas garrafas vêm das ruas e lavadas, depois voltadas a ser fechadas e embaladas e, posteriormente, colocadas em circulação por operadores económicos, como são os casos de cantinas e pequenas lojas que já foram encontradas com os produtos nas suas prateleiras”, informou.
Ouvido por este Jornal, Enidjanal Xavier, de 36 anos de idade, de nacionalidade Ruandesa, explica que arrendou a referida residência há três anos, e desenvolve a actividade de distribuição há sensivelmente dois meses, e que o local era transformado em depósito da referida mercadoria proveniente da província da Huíla, onde está localizado a suposta fábrica.
Questionado sobre a composição do produto, o entrevistado explica que a bebida energética é feita a base de gengibre, mel, limão, açúcar, e pau de Cabinda com intuito de dar forças ao ser humano, sobretudo aos rapazes.
“Isso faz bem no homem porque tudo é natural”, garantiu.
Quanto à quantidade introduzida nas cantinas, este alega ter despachado 10 embalagens no valor de 4.000 kwanzas.
Importa referir que, em algumas cantinas e lojas em que o SIC actuou, constatou-se que cada garrafa era comercializada no valor 600 a 1000 kwanzas.
Fonte: Na Mira Do Crime