É mais um projecto para o sul do País, onde o Governo quer construir linhas de transmissão e sistemas de subestações para aumentar e estabilizar o fornecimento de energia na região. Para tal, financiou-se junto da Agência de Cooperação Internacional do Japão.
Um empréstimo no âmbito da «Estratégia Angola 2050», para, segundo o Governo angolano, “melhorar a qualidade de vida da população, aumentar e estabilizar o fornecimento de energia na região sul e dinamizar a actividade económica e social da região”.
No despacho presidencial consultado pela imprensa, o Presidente da República aprova a celebração do acordo de financiamento no montante de 39,1 mil milhões de yenes japoneses (o equivalente a 270 milhões USD), destinados à construção de linhas de transmissão e sistemas de subestações na região sul de Angola.
No documento, a ministra das Finanças é autorizada, com a faculdade de subdelegar, a assinar o acordo, bem como toda a documentação com ele relacionada, em nome e em representação da República de Angola.
Em Julho do ano passado, à imprensa escrevia em título “Governo vai diversificar…fontes de financiamento e prepara-se para emitir Obrigações do Tesouro no mercado japonês”.
De referir que o Plano Anual de Endividamento (PAE) para 2024 prevê o recurso à emissão de dívida no valor de 10 biliões de kwanzas, ou seja, 12,1 mil milhões de dólares norte-americanos. Isto quer dizer que quase metade do Orçamento Geral do Estado (OGE) vai ser suportado por empréstimos.
Fora do País Angola terá de ir buscar o equivalente a 6,1 biliões de kwanzas (7,5 mil milhões USD), e, no mercado interno, o Governo terá de captar 3,8 biliões kz (4,6 mil milhões USD).
Mas, de acordo com contas feitas pelo jornal Expansão com base nos relatórios de execução orçamental do I e do II trimestre deste ano, na sua edição da semana passada, dos pouco mais de 6,2 biliões Kz que o Governo previu no Plano Anual de Endividamento (PAE) de 2024 para captar em financiamentos internos e externos nos primeiros seis meses do ano, apenas conseguiu 1,9 biliões Kz. Ora, “contas feitas, há um buraco de 4,3 biliões Kz na obtenção de financiamentos nos primeiros seis meses”, refere o semanário.
Fonte: NJ