
Os dados, até aqui disponíveis, avançam que a 39.ª edição da Feira Internacional de Luanda – FILDA/2024 registou uma participação de 1.770 expositores nacionais e estrangeiros, em representação de quase 20 países, incluindo Angola.
A organização não realizou ainda, até ontem, o balanço geral e também não disponibilizou dados preliminares do evento de seis dias (23 – 28 de Julho), na Zona Económica Especial (ZEE), excepto o número de presenças na Maior Bolsa de Negócios do país, anunciado na gala “Leões de Ouro”.
Projecções estimam que os 1.307 expositores, mais de 70 mil visitas, 15 países e 11 mil metros quadrados, todos indicadores de 2023 da FILDA, vão ser completamente superados, até pelo facto de a edição de 2024 ter tido mais um dia de evento (domingo) e a área de exposição interna e externa, no conjunto, ultrapassar os 100 mil metros quadrados.
A 39ª edição da Feira Internacional de Luanda – FILDA/2024 decorreu sob o lema “Segurança Alimentar e Parceria Internacional: O Binómio da Diversificação Económica”.
Uma das estreantes foi a Quinta Crescente, do município da Humpata, província da Huíla. Apesar de estreante, a operadora venceu o prémio “Melhor Participação Alimentação e Bebidas”, um incentivo que faz os gestores garantirem tudo fazer para em 2025 voltarem em grande e no melhor posicionamento para o contributo no aumento da produção nacional, da diversificação da economia e aumento das exportações.
Por sua vez, o Grupo Cosal apresentou na Feira Internacional de Luanda – FILDA/2024, o primeiro protótipo dos GC Brand Experience Lounges, espaços pensados para proporcionar momentos de reflexão e conexão, que combinam mobilidade, lazer e cultura. A criação dos GC Brand Experience Lounges insere-se no investimento concretizado pelo Grupo Cosal, de cerca de 20 mil milhões de kwanzas, no reposicionamento da marca, reforço da infra-estrutura de serviço automóvel e lançamento de novos serviços, renovando o compromisso com a inovação e a sustentabilidade.
Andrea Machado, directora executiva do Grupo Cosal, que opera nos sectores automóvel, hotelaria e turismo, disse também que a empresa está agora a investir em automóveis eléctricos, no âmbito da sustentabilidade ambiental.
Escolha da imprensa
Alguns órgãos presentes na cobertura da FILDA/2024 também partilharam o seu olhar sobre a bolsa de negócios.
Um dado que saltou à vista de todos é o stand do Porto de Luanda. Para muitos o “Melhor Stand da FILDA/2024”, numa honrada disputa com o do Ministério das Finanças e da TAAG, que também deliciou os visitantes com um “cockpit” simulado. Era possível pilotar um avião do levantamento, voo e poiso em pista, tudo de forma virtual.
Gigante, vislumbrante, interactivo, acolhedor e também um palco de debates sobre os desafios da actividade portuária e a contribuição da infra-estrutura na economia nacional.
VENCEU CATEGORIA “MELHOR PARTICIPAÇÃO AGRICULTURA E PESCAS”
Participação do Namibe com nota positiva
A província do Namibe trouxe à FILDA um total de 16 empresas, representando os sectores das Pescas, Pecuária, Agricultura, Indústria Transformadora e Turismo.
Em entrevista ao Jornal de Angola, a directora do Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado, Ângela Ndulumba, disse que a participação do Namibe foi notável e coroada com a premiação de melhor participação nos sectores das Pescas e Agricultura.
À FILDA, a província veio com uma cooperativa agrícola ligada à etnia mucubal, que, por época, produz mais de 50 mil toneladas de hortaliças, contribuindo desta forma no peso que o Namibe tem no abastecimento do mercado nacional.
As projecções indicam que para este ano a província deve produzir 800 mil toneladas, contra as 555.115 registadas no ano transacto.
A responsável sublinhou que o Namibe é a terceira região produtora no domínio pecuário do país, com um efectivo bovino de 800 mil animais, 1.680.000 caprinos, 3.400 suínos, 345.418 aves, entre outros.
A província é considerada a “pérola do turismo”, daí ter apostado na divulgação dos diversos encantos que a região dispõe.
“O Namibe é o futuro do desenvolvimento turístico a nível do país. Hoje, para além dos namibianos, temos visitantes alemães que desfrutam do turismo de lazer e de aventura”, apontou, depois de frisar que com a chegada dos camelos, a região deverá receber mais turistas.
A província conta com 32 unidades hoteleiras e 38 estabelecimentos ligados à restauração. O parque industrial da província é composto por 234 unidades fabris, das quais 150 se encontram em pleno funcionamento.
No domínio pesqueiro, uma das principais actividades económicas, a província conta com 39 empresas, tendo exportado, em 2023, mais de 222,4 mil toneladas de pescado.
No primeiro trimestre deste ano, disse, a província arrecadou mais de 6,4 milhões de dólares com a exportação de granito negro, quartzito branco, acetato de celulose e caranguejo.
Fonte: JA