A delegação do Ministério do Interior (MININT) na província do Bengo está a investigar uma rede de traficantes que distribui drogas no estabelecimento prisional do Caboxa, para serem vendidas no interior da prisão.
De acordo com o chefe do gabinete de comunicação institucional e imprensa da delegação do MININT-Bengo, Gaspar Inácio Luís, já foram detidos dois elementos desta organização criminosa durante uma operação.
As autoridades no Bengo tomaram conhecimento desta rede numa altura em que uma mulher de 39 anos, com a ajuda do marido (prisioneiro) e do seu primo (mandatário) tentou introduzir, na cadeia, drogas cujas porções estavam disfarçadas no interior de vários pães.
A mulher tinha em sua posse 100 mortalhas de liamba; cinco maços de cigarros; dois isqueiros e uma garrafa de aguardente, produtos que seriam comercializados no interior da prisão.
A polícia apercebeu-se desta situação por intermédio de uma denúncia anónima que dava conta de que uma cidadã estava a dirigir-se ao estabelecimento penitenciário do Caboxa com a intenção de fazer chegar meios proibidos ao seu esposo.
Estando lá, no momento da vistoria dos abjectos, a envolvida foi apanhada com as substâncias que estavam camufladas nos pães e foi detida de imediato.
Após este processo, os efectivos verificaram o telemóvel da mulher e encontraram registos de conversas com o mandatário (primo do marido) e com base nesses dados, deslocaram-se ao encontro do homem, que foi igualmente detido.
Quanto ao “modus operandi”, o primo do marido fornecia a mercadoria à mulher e esta, por sua vez, escondia as substâncias nos alimentos, e, nos dias de visita, fazia chegar ao marido, que cumpre uma pena de cinco anos de prisão, e que depois vendia os produtos.
O MININT-Bengo assegura que “outras diligências estão a ser levadas a cabo no interior do estabelecimento prisional para se apurar a veracidade dos factos”.
Fonte: NJ